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Lula dispara contra monopólios na inteligência artificial e desinformações das big techs

Presidente abriu primeira reunião preparatória da cúpula dos BRICS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu nesta quarta, 26/2, a primeira Reunião de Sherpas do BRICS. E ao alinhar os temas prioritários da presidência brasileira do grupo neste ano, disparou contra a concentração do mercado global de inteligência artificial e as big techs que desestabilizam nações promovendo desinformação.

“Ao mesmo tempo em que oferece oportunidades extraordinárias, a inteligência artificial traz diversos éticos, sociais e econômicos. Essa tecnologia não pode se tornar monopólio de poucos países e poucas empresas”, afirmou o presidente.

Segundo ele, “grandes corporações não têm o direito de silenciar e desestabilizar nações inteiras com desinformação. Mitigar os riscos e distribuir os benefícios da revolução digital é uma responsabilidade compartilhada. O BRICS precisa tomar para si a tarefa de recolocar o Estado no centro dos debates para a construção de uma governança justa e equitativa sob o aparo das Nações Unidas”.

Os sherpas são enviados dos chefes de estado dos integrantes do BRICS, com responsabilidade de conduzir discussões rumo à Cúpula de Líderes, agendada para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. Os temas prioritários para a presidência brasileira incluem a cooperação em saúde global, mudança do clima, comércio, investimento e finanças, governança da inteligência artificial e desenvolvimento institucional do BRICS.

Lula destacou o papel da inteligência artificial no desenvolvimento econômico. “Qualquer tentativa de desenvolvimento econômico hoje passa pela inteligência artificial. Não podemos permitir que a distribuição desigual dessa tecnologia deixe o sul global à marcha. O interesse público e a soberania digital devem prevalecer sobre a ganância corporativa. Esse é o espírito da declaração de líderes sobre a governança da inteligência artificial para o desenvolvimento que o Brasil proporá em sua presidência.”


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