Mesmo sem conversores, Gired não quer adiar ‘apagão’ em BH e Nordeste

O presidente da Anatel e do grupo de implementação da digitalização, Gired, Juarez Quadros, afirmou nesta quarta, 29/3, que não pretende adiar para o fim do ano o desligamento dos sinais analógicos em Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza. 

A data do ‘apagão’ analógico nessas capitais está prevista para 26 de julho, mas a Seja Digital, empresa criada para fazer a gestão da migração e distribuir conversores para os beneficiários de programas sociais, pede que ela seja empurrada para o fim do ano, como outubro ou novembro, por conta de atrasos na entrega dos equipamentos, comprados de fornecedores da China. 

“Vamos discutir isso na próxima reunião do Gired, mas não temos intenção de adiar. Há recursos suficientes para que não haja problemas de falta de conversores”, afirmou Juarez Quadros, logo depois de assinar a Portaria que autoriza o desligamento dos sinais em São Paulo e região metropolitana nesta mesma quarta, 29/3.

Os recursos para a compra e distribuição dos kits de conversor e antena foram parte do preço pago pelas operadoras móveis que compraram fatias da cobiçada faixa de 700 MHz – usada pelas emissoras de televisão, mas que será liberada com a digitalização e o fim das transmissões analógicas. Dos quase R$ 10 bilhões pagos pelas teles, R$ 3,6 bilhões foram destinados aos equipamentos. 

Até aqui, a Seja Digital tem os conversores que faltam serem entregues aos beneficiários de São Paulo e região – cerca de 2,2 milhões de famílias – e para os inscritos nos programas sociais do governo federal de Goiânia e área metropolitana, cujo ‘apagão’ analógico é o próximo da fila, em 31/5. 


Em São Paulo, a distribuição dos equipamentos começou 170 dias antes do desligamento e ainda faltam ser entregues pouco menos da metade dos kits de conversor e antena. Em Goiânia esse processo teve início há 60 dias e também está mais ou menos pela metade do caminho. 

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