GovernoInternetMercado

Norueguesa Opera abre guerra à Microsoft no CADE por prática anticompetitiva

O motivo da disputa é a instalação prioritária do navegador Edge, da empresa norte-americana, nos dispositivos Windows. Opera quer que CADE imponha medidas corretivas para garantir a competição no país.

A guerra dos navegadores ganha um novo embate, agora, no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) no Brasil. A norueguesa Opera apresentou uma queixa ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) contra a Microsoft por práticas anticompetitivas a partir do navegador Edge em dispositivos Windows.

No documento enviado ao CADE, a Opera afirma que a Microsoft pré-instala o Edge como navegador padrão em dispositivos Windows, limitando as oportunidades de concorrentes. “A Microsoft frustra a concorrência de navegadores no Windows a cada passo”, declarou Aaron McParlan, conselheiro-geral da Opera. “Primeiro, navegadores como o Opera são impedidos de participar de oportunidades importantes de pré-instalação. E depois a Microsoft dificulta que usuários baixem e utilizem navegadores alternativos”, completou.

A Opera, que diz ser o terceiro navegador mais popular para PCs no Brasil, também acusa a Microsoft de oferecer incentivos a fabricantes de computadores para que pré-instalem exclusivamente o Edge em dispositivos com Windows. Dados da StatCounter apontam que, em junho, o Opera detinha 6,78% do mercado de navegadores de desktop no Brasil, contra 11,52% do Edge e uma fatia dominante do Google Chrome, com 75%.

A queixa também menciona o uso de táticas de design enganosas (conhecidas como dark patterns) para desestimular usuários a adotarem navegadores concorrentes. A Opera pede que o CADE investigue a Microsoft e imponha medidas corretivas para garantir condições de concorrência mais justas no país. A ação foi descoberta pela Agência Reuters e a Microsoft não se manifestou.


Botão Voltar ao topo