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Open Finance: baixa adesão das empresas (PJs) entra no radar do Banco Central

Dos 79 milhões de consentimentos obtidos até agora, só 574 mil são das pessoas jurídicas.

O Open Finance, ecossistema financeiro aberto promovido pelo Banco Central, tem avanços significativos, mas exige maior atenção aos clientes pessoas jurídicas. Essa foi uma das principais discussões do painel sobre Open Finance realizado durante o Tech Bank Forum 2025, organizado pela Network Eventos em Brasília, em 29/4.

Embora o ecossistema já conte com números expressivos – 79 milhões de consentimentos de dados, sendo quase 50 milhões de pessoas físicas – a participação das empresas ainda é tímida, com 574 mil PJs compartilhando seus dados para obter benefícios. Esse dado contrasta com o potencial do mercado, que possui cerca de 20 milhões de empresas ativas no país, das quais 11 milhões são clientes ativos das instituições financeiras.  

Diante desse cenário, o Banco Central e as instituições financeiras têm demonstrado preocupação em impulsionar a adesão das pessoas jurídicas ao Open Finance. Para isso, foi criado um grupo de trabalho específico dentro da estrutura do Open Finance, com o objetivo de mapear as necessidades, dores e oportunidades desse público. A partir desse estudo, será elaborado um planejamento estratégico para o desenvolvimento de produtos e APIs que facilitem a integração das empresas ao sistema e evidenciem os benefícios do Open Finance no dia a dia corporativo.  

“O Banco Central com as prioridades regulatórias para 2025 e 2026, trouxe muito forte a questão de olhar para o PJ, para a gente olhar sobre a jornada, sobre a necessidade. E aqui a gente trouxe algumas questões. O PJ tem necessidades diferentes. Portes, locais onde eles estão inseridos, então é uma agenda que a gente precisa trabalhar e estamos trabalhando dentro do ecossistema para evoluir, porque a gente entende que existe um grande valor nesse público, que a gente pode, com Open Finance, gerar muito, muito, muito valor pra ele”, disse a gerente de produtos de Open Finance da Unicred, Patricia Albani, que mediou o debate.

Ao destacar implementações importantes do Open Finance, como o PIX por aproximação, a gerente da Unicred também apontou para novas aplicações. “A gente já vê muito valor sendo gerado para a pessoa física, seja em relação ao crédito, em relação ao limite, em relação à jornada. A gente vai continuar evoluindo em relação a isso. A gente tem ainda mais evolução com relação ao crédito. E a gente ainda vai ver essa conexão Open Finance, dados e IA muito forte no meu mercado e muita coisa boa com essas conexões, com certeza”, concluiu.


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