PF deflagra Operação Backbone e desarticula quadrilha na TI da Caixa
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 14/11, a Operação Backbone, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos da Caixa Econômica Federal – CEF por meio de irregularidades em contratos da área de Tecnologia da Informação – TI. Aproximadamente 50 Policiais Federais cumprem 10 mandados judiciais de busca e apreensão na cidade de Brasília-DF.
As empresas de TI repassavam os valores indevidos para a empresa de consultoria por meio de contratos de prestação de serviços, em princípio, inexistentes. Além disso, parte dos valores recebidos era distribuída pela empresa de consultoria para os demais membros da organização criminosa. Para justificar o acréscimo patrimonial, os empregados da CEF e o sócio administrador da empresa de consultoria celebravam contratos de compra e venda de imóveis, viabilizando assim o branqueamento de capitais.
O grupo é formado por empregados da CEF, empresários da área de TI e uma empresa de consultoria pertencente a um ex-empregado da CEF. As investigações apontam que empregados da CEF, juntamente com o sócio administrador da empresa de consultoria, receberam vantagens indevidas repassadas por empresas de TI, com a finalidade de cometer irregularidades na formalização e fiscalização dos contratos dessas empresas com a CEF. Os contratos sob investigação totalizam um valor aproximado de R$ 385 milhões.
Os envolvidos responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e organização criminosa. Até o momento, a Polícia Federal está mantendo em sigilo o nome das empresas de TI envolvidas na Operação Backbone.
A Caixa explica que as investigações tiveram início internamente. “A Caixa esclarece que forneceu informações e documentos, previamente à deflagração da operação Backbone, contribuindo para a apuração dos fatos. A Caixa informa, ainda, que não houve busca e apreensão em suas dependências e que continua prestando irrestrita colaboração com a Polícia Federal.”