
O Ministério da Gestão aceitou um recurso da Intel e voltou a suspender a licitação inédita para adquirir desktops e notebooks no modelo de serviço.
A fabricante alegou que os termos da disputa devem prever a quantidade de núcleos de performance como elemento de qualificação no caso de produtos que usem chips Intel. Ao apresentar impugnação ao edital, a Intel sugeriu “que a escolha das características mínimas dos processadores de desktop observe a quantidade de núcleos de performance e threads totais”.
A questão envolve a quantidade mínima de núcleos totais, que segundo o termo de referência são seis. Porém, como apontado pela Intel, faltou informar que serão aceitos processadores com mínimo de dois núcleos de performance. Essa falha estava excluindo duas famílias de processadores que foram consideradas adequadas pelo estudo técnico preliminar
O aviso de suspensão da licitação foi publicado no Diário Oficial da União de quarta, 5/3. Mas a contratação de computadores como serviço, por meio do pregão 90011/24, será retomada em breve. Será ajustada a especificação para alterar a quantidade mínima de núcleos de performance da fabricante Intel para os notebooks intermediários.
Esta é a primeira compra conjunta do governo federal no modelo PCaaS, com adesão recorde de 87 órgãos. O preço total estimado é de R$ 485,9 milhões, contemplando fornecimento, manutenção e suporte dos equipamentos por até 60 meses.
A demanda superou as expectativas iniciais, totalizando 35.132 desktops, com valor estimado de R$ 384,7 milhões e prazo contratual de 60 meses, além de 12.369 notebooks, orçados em R$ 101,1 milhões para um período de 48 meses.