Satélite brasileiro já está em órbita e passa por testes

Começou no sábado, 13/05, a calibragem dos sistemas do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas para a verificação do funcionamento das funções do equipamento. Os procedimentos são feitos a partir da órbita geoestacionária, a 36 mil quilômetros de altitude em relação à superfície terrestre, na posição 75º oeste.

“Nessa fase, começam as verificações do funcionamento de todos os sistemas, medidas de carga útil e a constatação de que o satélite está totalmente apto para entrar em operação comercial. Estes testes vão durar cerca de 45 dias”, explica o gerente de Engenharia e Operações Satelitais da Telebras, Sebastião do Nascimento Neto.

Os dados emitidos e recebidos pelo SGDC passaram a ser acompanhados pelo Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília (DF), e pela Estação de Rádio da Marinha, no Rio de Janeiro (RJ), neste domingo (14). Essas duas unidades serão responsáveis por controlar o satélite após o processo de calibragem, previsto para se encerrar em meados de junho. Os testes são conduzidos pela Thales Alenia Space, empresa francesa construtora do equipamento.

“Brasília e Rio fazem parte do contexto da operação do satélite, recebem e emitem informações, mas os testes estão sendo conduzidos pela empresa que construiu o SGDC. Eles fazem toda essa checagem, e nós acompanhamos os dados por meio dos nossos gateways principais”, destaca Sebastião Neto.

Segundo o diretor Técnico-Operacional da Telebras, Jarbas Valente, até o momento, todas as manobras foram realizadas com sucesso. “Isso nos dá a garantia de que obtivemos êxito nesse projeto. O próximo passo é concluir a infraestrutura terrestre necessária à prestação do serviço com qualidade.”


O SGDC é um equipamento geoestacionário brasileiro de uso civil e militar. Fruto de uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Ministério da Defesa, recebeu R$ 2,7 bilhões em investimentos. Foi adquirido pela Telebras e possui uma banda Ka, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) – especialmente em áreas remotas –, e uma banda X, que corresponde a 30% da capacidade do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas.

Fonte: Assessoria do MCTI

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