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Sem dinheiro e sem gente, retomada do CEITEC fica longe de acontecer

Plano de reconfigurar produção para carros elétricos e energia esbarra na falta de recursos

Um ano depois do decreto que reverteu a liquidação do Ceitec, a estatal de chips sediada em Porto Alegre-RS não conseguiu avançar no plano de retomada. Falta dinheiro e gente.

“A primeira grande ação que o governo tem que dar continuidade é a finalização do processo de reativação. A empresa estava em liquidação, foi reativada, esse processo precisa ser complementado. Várias ações foram planejadas”, admite o secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel.

O secretário participou do Painel Telebrasil 2024, realizado em Brasília dias 5 e 6 de novembro, e destacou o papel da estatal do chip no desenvolvimento da inteligência artificial no Brasil.

“Vai ter, desenvolvidos e fabricados aqui, componentes que serão utilizados em veículos elétricos, em data centers e em vários equipamentos relacionados à geração de energia fotovoltaica ou eólica. Então, o Ceitec tem uma oportunidade muito grande com o crescimento e desenvolvimento da utilização da IA porque tem a questão energética, a questão ambientalmente e ecologicamente sustentável, com equipamentos de baixo consumo, no qual esses componentes são fundamentais’, disse Henrique Miguel.

Com a retirada do Ceitec do programa de desestatização, o governo federal decidiu retomar o funcionamento do Centro Nacional de Tecnologia Avançada e reconfigurar a empresa com foco em chips com melhor desempenho energético.


A ideia seria atender, especialmente, os mercados de carros elétricos e de geradores fotovoltaicos e eólicos, em sinergia entre o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial e o Nova Indústria Brasil, quando trata de indústria 4.0 e semicondutores. Mas faltou o dinheiro.

“Tem aspectos não só ligados ao orçamento. Tem a recomposição da equipe, a busca de novos contatos e entendimentos que são feitos com os fornecedores, tem a questão da especificação dos equipamentos, tem relacionamento com novas empresas, que precisam de linhas para a produção, e aqui nós temos uma linha que poderia ser compartilhada com empresas globais. O cenário é otimista, mas precisamos concluir o processo que teve início um ano atrás”, disse o secretário do MCTI para transformação digital.

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