
Desde setembro, começou a rodar uma solução de inteligência artificial generativa criada pelo Serpro para a administração pública. O ConversAI Studio é um assistente virtual que funciona como um “ChatGPT para órgãos de governo”. A ferramenta permite que cada ente tenha seu próprio assistente conversacional baseados em modelos de linguagem hospedados e operados integralmente dentro da infraestrutura do Serpro.
“A gente tem uma solução pronta para uso, o ConversAI Studio, que é o primeiro produto. É como se fosse um ChatGPT para você chamar de seu. É uma interface no estilo do ChatGPT, só que utilizando os modelos do Serpro e os dados todos armazenados no Serpro”, diz o gerente da divisão de IA Generativa do Serpro, Ronaldo Agra.
“Com isso, os órgãos de governo podem subir suas bases de conhecimento, seus normativos, por exemplo, e gerar um assistente onde os seus usuários podem conversar com aqueles documentos sem precisar que o usuário saiba qual é a norma que fala sobre determinado assunto. Faz uma pergunta em linguagem natural e a solução encontra a resposta naqueles normativos. Isso rodando tudo dentro de uma infraestrutura de governo”, explica.
IBGE e Receita Federal estão entre as primeiras instituições a experimentar a ferramenta. Segundo a equipe do Serpro, na base estão os modelos on premises, que garantem operação segura dentro do ambiente do governo. Acima deles, há uma camada de APIs de IA, que facilitam o desenvolvimento de novas soluções. E agora, uma novidade: a estatal está desenvolvendo em protocolo MCP – de Model Context Protocol. “ um protocolo voltado à criação de agentes de IA.
“Ao lado das APIs, a gente está agora começando a construir uma outra camada, o MCP, Model Context Protocol, que é um protocolo para agentes de IA. Hoje, a IA generativa consegue, a partir de um texto ou imagem, passar uma instrução e gerar alguma informação. O agente de IA, além de extrair ou gerar alguma informação, consegue realizar uma tarefa propriamente dita. Estamos construindo MCPs que também vão poder ser usados por nossos desenvolvedores”, diz Agra.