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Serpro: LLM próprio passa por lago de dados abastecido pelo governo

"Não é só ensinar português, mas criar a base de dados para que essa ferramenta consiga beber dessas informações e trazer soluções", diz Alexandre Amorim.

O Serpro, maior estatal federal de TI, prepara um dataset a partir de dados do governo federal que servirá para alimentar um modelo de linguagem de inteligência artificial (LLM) brasileiro. A iniciativa faz parte de um dos projetos previstos no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial de desenvolvimento de uma IA generativa nacional.

“Precisamos ter a soberania de dados, de uma infraestrutura nacional de dados, para que criemos um grande lago de informações, um datalake onde a gente consiga, através da equalização dessas informações devidamente tratadas, possam essas informações serem utilizadas pela inteligência artificial”, explicou o presidente do Serpro, Alexandre Amorim em entrevista a esta Convergência Digital.

O LLM do Serpro foi anunciado durante o lançamento de um guia de IA generativa para servidores públicos, medida que faz parte do esforço de treinamento de 115 mil agentes de governo na tecnologia. Segundo presidente do Serpro, Alexandre Amorim, na própria estatal de TI o treinamento foca em 2,5 mil servidores – um em cada quatro profissionais.

A ideia, apontou, é “construir uma inteligência artificial que atenda os parâmetros que o governo federal precisa, contidos nas diretrizes do PBIA. Não é ensinar uma LLM a falar português, mas colocar conteúdo dentro dos parâmetros daquilo que o Estado, a cultura brasileira, do ‘tupi-guarani’ que a gente brincou carinhosamente, em um ambiente em que uma tecnologia possa ler essas informações respeitando essa base. Não é ensinar só a falar português, mas criar a base de dados para que essa ferramenta consiga consumir essa informação, dentro de nossos matizes culturais, das questões políticas, do contexto geográfico. Estamos trabalhando para criar um ambiente em que LLM consigam beber dessas informações e trazer soluções, respostas”.


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