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SoberanIA, a IA do Piauí, usa datacenter da Telebras e busca Serpro e Dataprev

“Queremos avançar com outros órgãos federais, notadamente o MGI, que cuida da Estratégia de Governo Digital, com a Telebras e as grandes empresas de dados. Queremos a nacionalização do projeto”, afirmou o governador Rafael Fonteles.

O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), apresentou nesta terça, 9/12, em Brasília, o SoberanIA, um modelo de inteligência artificial desenvolvido no estado e que se coloca como o maior LLM em língua portuguesa em uso no país, com 350 bilhões de tokens.

Segundo Fonteles, a soberania, que batiza o LLM do Piauí, é o cerne do projeto. “Ou a gente entrega esses dados para que eles sejam processados em outros lugares e por empresas internacionais, com o risco de entregarmos essa informação para terceiros; ou então não usufruiremos do que a inteligência artificial nos proporciona porque não queremos entregar os nossos dados”, afirmou.

O evento em Brasília mira na projeção nacional da ferramenta. “Esse não é um projeto estadual, é um projeto nacional. O que queremos trazer a Brasília é a nacionalização dessa iniciativa”, disse Fonteles. Nesse caminho, o Piauí avança em um acordo com a Telebras, para uso da infraestrutura de conectividade e dados da estatal. “Estamos concluindo o acordo para uso do nosso data center Tier 4, parte dessa proposta de nacionalização”, confirmou o presidente da Telebras, André Magalhães.

O SoberanIA já começou a ser usado no Piauí – Fonteles citou o BO Fácil, de registro de boletins de ocorrência online com assistente de IA, e também uma aplicação parcial no sistema de marcação de consultas de médicos especialistas.  E o Piauí aproveita que foi turbinado com R$ 35 milhões do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial para vender a LLM em português para uso do governo federal.

“O MCTI apoia o SoberanIA desde o primeiro momento e queremos avançar com outros órgãos federais, notadamente o MGI, que toca a Estratégia Nacional de Governo Digital, e o nosso Ministério das Comunicações e a nossa Telebras, que tem um papel importantíssimo na infraestrutura computacional. E esse é um tema que deve envolver também as grandes estatais que tratam com dados no Brasil, Serpro e Dataprev”, disse Rafael Fonteles.


Ele explicou que o SoberanIA depende de uma base robusta de processamento e o estado instalou, na Empresa de Tecnologia da Informação do Piauí (Etipi), um supercomputador de alta performancecom 2.000 GB de RAM e oito GPUs Nvidia especializadas em processamento de linguagem natural.

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