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Governo

Esther Dweck: Telebras multiplica receita por cinco se ficar independente

Estatal firmou acordo com MGI e quer lucrar com datacenters ao governo

A Telebras foi uma das estatais a assinar acordo de cooperação técnica com o Ministério da Gestão, nesta terça, 17/12, para a reestruturação da empresa, de olho na governança e em novos modelos de negócios que multipliquem as receitas.

“Temos estatais, como a caso da Telebras, que estão no limiar de se tornar independentes e teriam capacidade de gerar uma receita gigantesca se tivesse capacidade de comprar seus insumos. A partir do momento que ela comprar insumo, consegue prestar o serviço e tem receitas três, quatro, cinco vezes mais do que seu custo, e portanto, pode gerar muito resultados positivos para a sociedade brasileira”, disse a ministra Esther Dweck.

Deixar de ser estatal dependente é a prioridade, ainda que o ACT tenha espaço para mexer na gestão – e adequar o quadro de indicações, que precisa ser reduzido de 56 para 31 cargos. Segundo a ministra Esther Dweck, a Telebras está impedida de investir embora tenha dinheiro em caixa. “A gente quer permitir que voltem a investir”, disse.

A Telebras tem R$ 300 milhões no banco e R$ 1 bilhão em dinheiro para investir, mas sofre as restrições de ser estatal dependente. A estatal de telecom tem R$ 3 bilhões em contratos com os ministérios das Comunicações e do Trabalho, além do INSS.

Como destacou o ministro Juscelino Filho, o acordo “é um passo muito importante para a modernização e eficiência operacional” e abre caminho para um mercado que a empresa começou a se preparar para explorar: ser fornecedora de datacenters para o governo.


Segundo o ministro, a Telebras “é importante para a inclusão digital, mas é também uma empresa para gestão de dados, que hoje é uma das atividades que está movimentando a economia global. Com os seus cinco data centers, com o maior nível de segurança do país, queremos ampliar a atuação da empresa nessa área de data center e gestão de dados para os clientes públicos.”

A  secretária de coordenação das empresas estatais, Elisa Leonel, disse que os acordos tem como “objetivo maior abrir novos horizontes para essas empresas, possibilitar que, sem perder a sua autonomia, elas possam encontrar novos modelos de negócio, e sem deixar de realizar entregas importantes para a população e para o desenvolvimento, consigam também percorrer um caminho que as levará à sustentabilidade econômica e financeira de longo prazo”.

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