Analistas de Tecnologia da Informação e também de Políticas Sociais preparam uma manifestação para a terça, 8/10, em frente ao Ministério da Gestão, na tentativa de uma audiência com a ministra Esther Dweck.
As categorias já fizeram um primeiro movimento na quinta, 3/10, mas ainda não conseguiram um canal de negociação porque, alegam, o gabinete da ministra diz que é assunto para a Secretaria de Relações de Trabalho, e vice-versa.
A pauta, segundo o presidente da Associação Nacional dos Analistas de TI, Thiago Aquino, é o cumprimento de uma exigência feita pelo próprio Ministério da Gestão, quando de equiparação salarial das carreiras de ATI e ATPS com a carreira de analistas de infraestrutura.
“Quando fizemos negociação no ano passado, o Ministério da Gestão determinou que não poderíamos ter valores diferentes dos AIE. Eles têm final de carreira com R$ 21 mil, mas foram novamente reestruturados em 2024, para R$ 26 mil, assim como a Funai e a ANM [Agência Nacional de Mineração]. Fomos pedir a mesma coisa. Mas a ministra manda para a SRT e a SRT diz que só a ministra pode resolver”, diz Aquino.
Na tentativa de uma audiência, servidores ATI e ATPS fizeram uma manifestação em frente ao Ministério da Gestão na semana passada. E enviaram um ofício para tentar uma reunião. A depender da resposta, preparam uma paralisação.
“Se não receber, as duas categorias vão parar. E isso tem impacto, porque são categorias que afetam políticas públicas nacionais. Nosso pleito não tem impacto imediato, porque estamos pedindo somente a equiparação de final de carreira, classe especial. Portanto, não há impacto orçamentário por, pelo menos, quatro anos”, diz o presidente da ANATI.
Os analistas de TI sustentam que a carreira continua perdendo servidores. “Saíram mais sete em 2023 e este ano já foram 12 e outros quatro saem até o fim do ano, mais que o dobro do ano passado, portanto. E vamos lembrar que a carreira de ATI foi a menos concorrida no Concurso Nacional Unificado”, completa Aquino.