A indicação de greve para a próxima semana foi aprovada por servidores do Serpro em todos os estados onde possui unidades, para pressionar a empresa a melhorar a proposta de reajuste e atualizações no acordo coletivo de trabalho.
A estatal, no entanto, recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho em busca de mediação, depois que as quatro reuniões com os trabalhadores ao longo dos últimos meses mantiveram o impasse entre o que os servidores querem e o que a empresa topa.
Nesta terça, 20/8, a greve foi aprovada em assembleias no Pará, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Na véspera, a paralisação já tinha passado em Pernambuco, Distrito Federal e São Paulo. A data prevista é 27/8.
Mas uma reunião entre TST e Serpro já foi marcada para esta próxima quinta, 22/8. Enquanto uma reunião do TST com representantes dos trabalhadores, Fenadados e Feiitinf, está prevista para 26/8, dia em que também acontece a assembleia nacional dos empregados do Serpro e véspera da data marcada para a paralisação.
Em nota aos servidores, a direção do Serpro defendeu que “propôs reajuste salarial com ganho real e acatou as reivindicações de novas conquistas para trabalhadores e trabalhadoras”.
A proposta da empresa prevê reajuste de 4,23%, soma do INPC acumulado nos 12 meses encerrados em abril deste 2024 e 1% de ganho real, a incidir sobre salário, gratificações, tíquete alimentação e auxílios. Os servidores pedem ganho real de 5% e novos termos para teletrabalho, plano de saúde e adicional por tempo de serviço.