Os trabalhadores do Serpro decidiram, em assembleias realizadas nas regionais da empresa, manter a greve nacional iniciada em 27/8. Em todas as unidades, a maioria dos servidores votou para continuar a paralisação.
Ao longo da tarde deste 29/8, prazo que o TST deu aos trabalhadores para uma resposta, reuniões no Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo também decidiram pela greve.
Segundo representantes sindicais, a proposta não atende as principais reivindicações, mas o ponto central da decisão foi o entendimento de que o Serpro não se comprometeu com os termos propostos pelo TST.
A proposta do Tribunal, que previa a imediata suspensão do movimento, prevê:
– Reajuste salarial contemplando o índice do INPC, acrescido de 1% a título de ganho real, assim como para todas as cláusulas econômicas, inclusive auxílio-alimentação, e demais cláusulas já consensuadas entre as partes ao longo da negociação direta
– Manutenção integral da cláusula 57ª referente ao Adicional por Tempo de Serviço
– Alteração da cláusula 29ª do ACT, passando a vigorar com a seguinte redação: “Cláusula 29ª. A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho, em razão de adesão voluntária do empregado a plano de dispensa incentivada (PDV/APA) ensejará quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas objeto do contrato de trabalho, exceto para os direitos trabalhistas postulados em ações distribuídas até a data da publicação do edital do PDV/APA”
– Criação de um grupo de trabalho paritário para estudo no plano de saúde, pelo prazo de 60 dias, devendo ser apresentado o resultado final com plano de ação.
Uma nova reunião de mediação no TST, entre direção e representantes dos empregados, está marcada para 2/9.
