TSE estima custo de R$ 980 milhões para comprar 176 mil urnas eletrônicas
O Tribunal Superior Eleitoral estima que a compra de 176 mil novas urnas eletrônicas, com vistas às eleições de 2022, deve custar R$ 980,82 milhões. O valor diz respeito ao quantitativo máximo previsto na ata de registro de preços, mas o TSE sinaliza que a aquisição efetiva seja menor.
“Está noticiado que vamos adquirir 176 mil urnas, mas é o teto. O quantitativo provável para as eleições de 2022 ficará entre 73 mil e 118 mil urnas, sendo um lote inicial de 40 mil. O lote final, pelo cronograma, será em 15 de agosto de 2022”, disse o coordenador de tecnologia do TSE, Rafael Azevedo, durante audiência pública sobre a licitação, realizada nesta sexta, 16/4.
Como explicou o juiz auxiliar da presidência do Tribunal Sandro Nunes Vieira, a contratação busca substituir equipamentos com mais de uma década de uso. “Temos 194 mil urnas no modelo 2009, que chegaram a seis eleições em 2020, e que precisam ser substituídas.”
Ele lembrou que a compra iniciada em 2019, para as eleições municipais do ano passado, demorou e só foi concluída em meados de 2020. “Houve atraso da licitação das urnas de 2020. O TSE teve que fazer arranjo das seções eleitorais e aumentou a quantidade. E as urnas não foram entregues a tempo das eleições do ano passado.”
De acordo com o TSE, a demanda total de equipamentos a serem utilizados nas eleições de 2022 é de aproximadamente 300 mil unidades. “Considerando as aquisições de 2020 esgotaram os limites da ata de registro de preços, ainda há necessidade de aquisição de urnas para 2022”, completou Vieira.
Pelo menos cinco empresas demonstraram interesse em participar da licitação – Daten, Positivo, Diebold, Intel e HID Global. Na licitação concluída em 2020, a vencedora foi a Positivo, para fornecimento de 180 mil urnas. Conforme apontou o juiz auxiliar da presidência do TSE, nesse caso foram compradas o máximo das unidades previstas, por um total de R$ 799 milhões.