ATMs trocam a biometria do dedo pelo reconhecimento facial
Os ATMs vão trocar a biometria do dedo- que não teve boa receptividade junto ao correntista- pelo reconhecimento facial e vão ganhar novas funções, afirmou Davi Alves Melo, Gerente Comercial e de Produtos de Automação Bancária da Perto, ao participar do e-Fórum Tecnologia Bancária: O Futuro dos Meios de Pagamento, organizado pela Network Eventos, com parceria do portal Convergência Digital, e realizado no dia 07 de outubro. O executivo também é taxativo: o dinheiro não morre. “O dinheiro é offline”, sustenta.
O que vai acontecer, prediz, é uma mudança do perfil das transações no ATM. “Teremos uma reinvenção do uso do ATM. Eles estão sendo preparados para atender a demanda, principalmente, no interior do país, onde a bancarização ainda não é uma realidade. Uma troca é certa: a biometria facial vai substituir a de dedo, que não agradou ao correntista”, afirmou.
Já Matheus Neto, da Diebold Nixdorf, diz que haverá uma ressignificação do ATM. O Brasil já chegou a ter 200 mil ATMs instalados, hoje está em torno de 167 mil em uso, e deverá ficar com 150 mil ATMs em uso. Mas esses equipamentos, pontua Neto, serão mais robustos e terão muito mais funcionalidades. “Serão muitos serviços prestados a partir dos ATMs”, reforça.
Para Délio Cirino, gerente Executivo de Atendimento e Rede Própria da Unidade Atendimento e Canais do Banco do Brasil, os ATMs vão se transformar em um hub, um marketplace para venda de produtos e serviços, indo além das transações financeiras tradicionais. No caso do Banco do Brasil, por exemplo, já há pilotos em ação, como a parceria firmada com a Bauducco, na Avenida Paulista. Na unidade, a Bauducco criou uma loja especial de venda dos seus produtos. “São passos para dar uma nova função aos ATMs. E eles terão um lugar prioritário”, ressaltou.