Banco Central:Pagamentos pelo Pix têm 6,5% de rejeição
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira que a taxa de rejeição de operações no sistema de pagamentos instantâneos Pix ficou entre 6,5% e 6,7% na véspera, contra 9% na segunda-feira, dia do lançamento da plataforma.
Segundo o presidente do BC, a rejeição de transações acontece principalmente com pessoas que ainda não cadastraram suas chaves, já que a necessidade de inserção das informações abre espaço para mais erros. Ao participar de evento virtual organizado pelo Itaú BBA, ele comparou esses percentuais com a rejeição de 5% usualmente vista em transferências do tipo DOC.
Essa taxa de rejeição vem da inserção de dados incorretos para as transações, como CPF ou CNPJ errados, explicou Campos Neto. Ele voltou a dizer que, à parte problemas dessa natureza, a máquina de liquidação do Pix não apresentou instabilidade ou caiu em nenhum momento, sendo que na terça-feira foram feitas quase 2 milhões de operações.
“De uma forma geral, a gente tem sido surpreendido pelo lado positivo de todas as formas (com o Pix). Nós entendemos que é um processo que vai avançar bastante nos próximos dias. Entendemos que todo sistema como esse no começo, nessa parte de encontro de dados, ele apresenta alguns problemas. Isso tende a melhorar à medida que as pessoas cadastrem mais chaves, que os negócios usem mais chaves. Para quem tem chave, o processo está muito melhor, muito mais rápido”, completou.
As transações via Pix podem ser feitas com a utilização de chaves, como o número de celular, CPF, CNPJ ou e-mail. As chaves são cadastradas pelos usuários junto às instituições que ofertam pagamentos ou transferências via Pix. De acordo com o presidente do BC, perto de 75 milhões de chaves já foram cadastradas.
Embora as chaves não sejam obrigatórias, o BC acredita que elas conferem agilidade às transações e acabarão sendo predominantes. Sem seu uso, os usuários têm que informar dados bancários a exemplo do que acontece com TEDs e DOCs.
* Com informações da Reuters