Bradesco: BIA com IA Generativa será usada por 60 mil funcionários no 2º semestre
O presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, avaliou, durante painel de abertura do Febraban Tech 2024, nesta terça-feira (25/6), em São Paulo, que os bancos estão mais bem-posicionados para inteligência artificial, porque trabalham bem com riscos. “O desafio para gente é de reputação e ética. Temos a preocupação de não deixar que uma ferramenta desta possa alucinar”, disse no debate.
Atualmente, o banco está com 50 iniciativas de inteligência artificial generativa com objetivo de ganhar eficiência operacional em departamentos como jurídico e ouvidoria. Também está colocando em prática a nova geração da BIA GenAI.
A meta é que 60 mil funcionários do banco usem a BIA com inteligência artificial generativa já no segundo semestre deste ano. O Bradesco também está testando com 600 clientes o modelo da BIA usando inteligência artificial generativa. “É um teste controlado, usando governança e princípios de IA responsável para testar o nível que conseguimos”, ponderou.
Longa data — O Bradesco criou em 2017 uma vice-presidência para tratar de IA, liderada pelo superintendente-executivo Rafael Cavalcanti. No banco, o uso de ferramentas de IA data de quase uma década. “Em 2015, ensinamos o Watson, da IBM, a falar português; lançamos a BIA em 2016 [internamente] e, depois, em 2017, a BIA cliente. De lá para cá, temos mais de 2 bilhões de interações e algo próximo a 90% de resolução”, destacou.
Com relação aos desafios oriundos de IA, o presidente do Bradesco apontou que é preciso focar em uma IA responsável. “Esta tecnologia tem apoiado a gente em processos operacionais. Mas, para algumas atividades, usamos muito mais machine learning para fazer modelos preditivos do que IA ou inteligência artificial generativa”, detalhou.
Para ganhar agilidade, Noronha relatou que o Bradesco implodiu a área de produtos, multiplicou as squads e está usando metodologia ágil para ser mais produtivo e ter visão cruzada das áreas com foco no cliente.
“IA vai transformar a nossa forma de lidar com tudo, vai transformar o mundo”, finalizou Noronha, explicando que, no Banco, a ordem é incluir o Microsoft Copilot como ferramenta para todas as áreas da instituição. “Temos Copilot para decisão de crédito no banco de atacado. Está combinado internamente que todos vão usar Copilot e temos impulsionado a cultura de usarmos cada vez mais inteligência artificial generativa. O salto daqui a dois anos será impressionante.”