Inovação

CNJ lança primeira IA generativa integrada e específica para magistrados

Chamada Apoia, ferramenta está na Plataforma Digital do Poder Judiciário

O Conselho Nacional de Justiça acaba de integrar à Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ-Br) a Apoia, primeira ferramenta de inteligência artificial generativa desenvolvida especificamente para auxiliar magistrados e servidores da Justiça brasileira. A solução, criada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), promete ajudar o trabalho jurídico na elaboração de relatórios, sínteses processuais e detecção de litigância predatória.

A Apoia emprega inteligência artificial generativa para múltiplas aplicações no dia a dia forense, desde a elaboração de ementas e peças jurídicas até a detecção de processos repetitivos, classificação temática de demandas e processamento de grandes conjuntos documentais.

Outras três soluções tecnológicas foram escolhidas para ganhar abrangência nacional: o sistema Oxe, desenvolvido pelo TJ-BA para otimizar a gestão processual; a plataforma Galileu, criada pelo TRT-4 para análise de dados judiciais; e o programa Assis, do TJRJ, que automatiza rotinas administrativas dos cartórios.

Segundo o CNJ, diferente de ferramentas privadas, a plataforma oferece um ambiente seguro e padronizado, com proteção de dados sensíveis e revisão humana garantida. Um dos destaques é seu banco colaborativo de prompts, que permite o compartilhamento de instruções entre tribunais de todo o país.

“A Apoia foi pensada para ser um projeto colaborativo, recebendo constantes contribuições dos usuários, inclusive por meio de um banco de prompts. Ela oferece recursos para a geração de conteúdo em apoio à atividade jurisdicional, tudo sujeito à revisão humana”, diz a  a juíza federal Caroline Tauk, coordenadora do projeto.


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