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Senai e Brasscom definem currículo para formar em tecnologia

"Oito de cada 10 formados conseguem emprego. Melhorando o currículo, vamos aumentar a empregabilidade e salários", diz Felipe Morgado, do Senai Nacional.

O Brasil precisará qualificar mais de 730 mil trabalhadores em tecnologia até 2027, segundo projeções do Observatório Nacional da Indústria. Para enfrentar esse desafio, o Senai aposta em parcerias com empresas do setor e entidades como a Brasscom, com o objetivo de alinhar a formação profissional às demandas reais do mercado.

“O desafio é atrair a sociedade para a formação e fazer uma formação alinhada àquilo que a empresa precisa”, afirmou Felipe Morgado, superintendente de educação profissional e superior do Senai Nacional, durante o Brasscom TecFórum Educação e Emprego, realizado em São Paulo, no último dia 27 de agosto.

De acordo com Morgado, a proposta é oferecer cursos customizados, em larga escala, que preparem jovens e trabalhadores para as profissões ligadas à tecnologia da informação — consideradas estratégicas para o crescimento econômico do país. “Essa união com as grandes empresas vai fazer com que o Brasil possa ser mais produtivo e competitivo”, destacou.

Atualmente, oito em cada dez alunos formados pelo Senai conseguem emprego. A expectativa é que esse índice avance com currículos mais ajustados às demandas do setor produtivo. Segundo Morgado, a instituição já atualiza seus programas de ensino anualmente, a partir de levantamentos do Observatório Nacional da Indústria, que mapeia vagas e habilidades exigidas em diferentes segmentos.

Uma pesquisa do Senai revelou que 87% dos empresários acreditam que a responsabilidade pela formação profissional deve ser compartilhada entre empresas e instituições de ensino, públicas e privadas. Para Morgado, a principal dificuldade ainda é alinhar oferta e demanda no tempo certo. “A educação profissional precisa ter conexão com a demanda. Esse é o diferencial do Senai”, disse.


O estudo aponta que até 2027 será necessário qualificar 639 mil trabalhadores em requalificação (reskilling e upskilling) e formar 94 mil novos profissionais para atender ao setor industrial e de tecnologia.

“Melhorando ainda mais o nosso currículo e acertando essa pontaria junto com as empresas, vamos conseguir não só aumentar a empregabilidade, mas também garantir remunerações mais altas”, concluiu Morgado.

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