Victor, a IA do STF, reduziu tempo de tarefa de 44 minutos para cinco segundos
O Supremo Tribunal Federal desenvolveu uma Inteligência Artificial, batizada de Victor, que contribui para dar maior eficiência na análise de processos, com economia de tempo e de recursos humanos. Tarefas que os servidores do Tribunal levam, em média, 44 minutos, podem ser feitas em cinco segundos pelo Victor. O algoritmo baseado em aprendizado de máquinas tem por finalidade analisar os temas de repercussão geral que, ainda que o STF tenha afirmado que não iria decidir, chegam a casa.
“O Victor analisa de forma automática se um recurso vincula matéria que o Supremo já disse que não examinará. No passado existia uma equipe para examinar estas matérias e hoje há apenas uma equipe que faz revisão”, afirmou em entrevista em vídeo para CDTV, durante a ABES Software Conference, realizado no dia 14/10, em São Paulo, Alexandre Freire, assessor especial da presidência do STF.
O projeto foi desenvolvido em parceria com a Universidade de Brasília (UnB). O nome Victor é homenagem a Victor Nunes Leal, ministro do STF de 1960 a 1969, autor da obra “Coronelismo, Enxada e Voto” e principal responsável pela sistematização da jurisprudência do STF em Súmula, o que facilitou a aplicação dos precedentes judiciais aos recursos, basicamente o que é feito por Victor.
Na entrevista, Alexandre Freire também explicou que como o tribunal tem trabalhado para que não haja viés no uso de IA. “É necessário que se faça um estudo da melhor forma da construção argumentativa para que se evite que a máquina venha a pender apenas para um lado do litígio. Mas é um processo lento e gradual”, afirmou. Assistam a entrevista.