2018 foi o ano de consolidação de FTTH na América Latina
O ano de 2018 foi o de consolidação de FTTH na América Latina, com os operadores massivamente adotando a fibra ótica como tecnologia para a plataforma para ultra banda larga. Números apresentados por Eduardo Jedruch, presidente da Fiber Broadband Association para América Latina, no evento Fiber Connect Latam 2019, evento da Fiber Broadband Association, realizado em São Paulo, de 25 a 27 de março, mostram que Brasil e México respondem por 70% do mercado de FTTH, enquanto na Argentina o mercado ainda está decolando.
Jedruch enfatizou que as operadoras estão levando a transformação de infraestrutura de maneira eficiente, com o desenvolvimento da fibra ótica. “A região segue sendo emergente em FTTH, a penetração melhorou muito, mas ainda tem muito a fazer e as previsões de crescimento são muito boas. No entanto, para manter estes níveis de crescimento precisa de aspecto regulatórios, novas arquiteturas e tecnologias”, disse.
No Brasil, quase 20% dos acessos de banda larga fixa são feitos por meio de fibra ótica no Brasil, segundo estudo recente divulgado pela Anatel. Ainda que cabos metálicos (41,9% de market share em 2018) e cabos coaxiais (30,6%) liderem como tecnologia mais usada, a fibra está, desde 2016, em franco crescimento, tendo fechado o ano passado representando 18,5% do total de acessos.
Conforme enfatizou Humberto Pontes Silva, da Anatel, no fim de março, o único serviço que segue crescendo é a banda larga fixa. “São 9.486 empresas que provêm serviços de internet. Existe um mercado enorme para fibra ótica no Brasil”, disse, completando que a Anatel vem tentando mapear a infraestrutura de fibra ótica nacional para o PERT. “A iniciativa vai mapear a presença de fibra nos municípios, mas ainda não está finalizada. Vamos identificar os gaps”, explicou.
Silva destacou que a presença da fibra impulsiona a densidade de acessos quando comparada a municípios sem fibra ótica. “O papel da fibra é fundamental para alavancar a banda larga no Brasil”, ressaltou. Para José Tavares, da Arris, a fibra ótica é a resposta para a demanda do usuário que tende a querer cada vez mais serviços simétricos. “O que impulsiona o crescimento de banda são os serviços relacionados a vídeos. O consumo de banda vai continuar crescimento, talvez não tão rapidamente, mas veremos o uso de várias tecnologias combinadas para suportar a demanda; um mix de tecnologias para fornecer o acesso ao assinante e, cada vez mais, o assinantes vai dar valor para a qualidade do serviços dentro da casa”, disse.