2018: o ano pesadelo que não acaba para o Facebook
2018 é um ano pesadelo que não acaba para o Facebook. A rede social, nesta quarta-feira, 19/12, desmentiu uma reportagem publicada no The New York Times e afirmou que não não deu acesso a dados pessoais de seus usuários para empresas como Amazon, Spotify, Netflix e outras de tecnologia, sem o consentimento dos seus assinantes.
O jornal publicou que o Facebook permitiu que o sistema de busca Bing, da Microsoft, acessasse nomes de praticamente todos os amigos dos usuários da rede social sem seu consentimento, citando registros internos que descrevem acordos de compartilhamento de dados que beneficiaram mais de 150 companhias.
“Nenhuma destas parcerias deu às companhias acesso à informação sem permissão das pessoas. As parcerias também não violaram nosso acordo de 2012 com a FTC (agência de comércio dos Estados Unidos)”, disse Konstantinos Papamiltiadis, diretor de plataformas e programas para desenvolvedores do Facebook.
O Facebook assinou em 2012 acordo com a FTC depois de acusações de que a companhia estava enganando consumidores ao forçá-los a compartilhar mais informações pessoais do que pretendiam. O New York Times também publicou que o Facebook deu a companhias como Netflix NFLX.O e Spotify SPOT.N capacidade de ler mensagens privadas dos usuários e permitiu à Amazon obter nomes e informações de contato dos usuários por meio de seus amigos.
Reação
A Netflix sustenta que “em nenhum momento nós acessamos as mensagens privadas das pessoas no Facebook ou pedimos capacidade para fazer isso”. A OTT afirma que, em 2014, um recurso que permitiu aos seus assinantes recomendarem filmes e programas de TV para amigos no Facebook por meio do aplicativo Messenger ou do próprio aplicativo da Netflix. O porta-voz afirmou que a Netflix interrompeu o serviço em 2015 por não ser popular.
O Facebook afirmou que o acesso destas companhias, conhecidas como parceiros de integração, teve como objetivo ajudar os usuários a acessarem suas contas na rede social ou recursos especiais em dispositivos e plataformas produzidos por outras empresas como Apple, Amazon, Blackberry e Yahoo. A rede social revelou ainda que interrompeu praticamente todas essas parcerias nos últimos meses, com exceção de Apple e Amazon, que têm em contratos ativos.
Mais cedo neste mês, um parlamentar britânico divulgou documentos que revelaram que o Facebook ofereceu a algumas companhias, incluindo Netflix e Airbnb, acesso a dados sobre os amigos dos usuários que não havia tornado disponível para a maioria de outros aplicativos em 2015.
*Com informações da Agência Reuters