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Bolsonaro espanca adversários em game vendido no Steam

Desde o último dia 5 de outubro, véspera da votação do primeiro turno das eleições para Presidente da República, está sendo vendido na plataforma mundial de games Steam pelo preço de R$ 8,91. Trata-se do game “Bolsomito 2k18 (leia 2018)”. O jogo consiste em o jogador ajudar o personagem e candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, a espancar mulheres, negros, nordestinos, petistas e as minorias LGBT.

O jogo é atribuído a uma startup denominada “BS Studios”, cujo único perfil visível na Internet acabou apagado numa página do facebook, após a polêmica criada com o lançamento do game. O jogo já ganhou 80 avaliações de supostos players, sendo que 88% delas são consideradas “positivas” em termos de jogabilidade, com algumas recomendações de melhorias e outras de apoio do candidato Bolsonaro.

Seus desenvolvedores ao qualificarem a proposta no Steam alegam que o game deixará o jogador “preparado para enfrentar os mais diferentes tipos de inimigos que pretendem instaurar uma ditadura ideológica criminosa no país”. E encerram o comentário afirmando que o game promete “muita porrada e boas risadas”.

Entretanto, esses mesmos desenvolvedores parecem não estar acostumados às criticas negativas ao game. Ao ter sido classificado como “bosta” por um jogador, o desenvolvedor que atende pela alcunha de “Abrab” e usa uma foto fake do apresentador de TV, Fausto Silva, o Faustão, revidou a crítica da seguinte maneira: “Pior que isso só esquerdista que compra o jogo pra negativar, achando que vai prejudicar alguém kkk”.


O Steam até o momento não informou se pretende manter o jogo diponível em sua plataforma mundial ou não, apesar de ter recebido críticas sobre o conteúdo político do game. Mas a forma como o game propaga o mesmo ódio que já se espalhou pelas redes sociais e polarizou a campanha presidencial no Brasil, poderá acabar levando os desenvolvedores a terem de explicar seus objetivos ao Tribunal Superior Eleitoral.

O fato é que o game acaba se tornando mais um elemento para apimentar ainda mais o clima de ódio estabelecido no Brasil, numa campanha presidencial marcada por robôs, perfis falsos e inúmeras empresa fantasmas que se escondem na Internet e ganham dinheiro produzindo fake news contra adversários políticos.

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