Brasileiro se influencia por redes sociais e usa smartphone para fazer compra
Uma pesquisa da PwC para verificar hábitos de consumo ouviu 22 mil pessoas em 27 países – 1 mil delas no Brasil – e conclui que as redes sociais já se tornaram a principal influência na hora de comprar produtos. Segundo a Global Consumer Insights 2018, 37% responderam assim quando perguntados qual a fonte online de consulta regular para fazer compras. No Brasil ainda mais, 46%.
“Os consumidores de hoje confiam na sabedoria da multidão, no que alguém em suas redes disse sobre alguma coisa”, resume o executivo da Pwc Rick Kauffeld. Em alguns países a influência das redes sociais é até maior: chega a 52% na China, 55% na Hungria, 58% na Indonésia e na Malásia, e mesmo 70% dos entrevistados no Oriente Médio.
A pesquisa também destaca o uso crescente dos dispositivos móveis, preferencialmente smartphones, para fazer compras. “No curso dos seis anos dessa pesquisa de consumo, o número de respondentes globais que compra por meio de seus telefones móveis cresceu 133%”, diz a Pwc. Nesse período, enquanto os computadores caíram de 27% para 20% como forma preferencial de comprar, os tablets passaram de 8% para 12% e os celulares de 7% para 17%.
A mudança é ainda mais relevante quando a pesquisa indica que a maior parte (59%) dos entrevistados tende a consumir mais quando pagam por meio de um dispositivo móvel. No Brasil, o uso dos ‘mobiles’ é maior que a média. Por aqui, 41% dos consumidores realizam compras via smartphones e 30% por tablets – percentuais que eram de 15% e 20% no levantamento feito há cinco anos.
Nos equipamentos eletrônicos, por exemplo, as compras online cresceram de 12% para 27% do total comercializado. O consumo ligado ao entretenimento (livros, músicas, filmes e videogames) cresceu 16 pontos percentuais, saindo de 18% para 34% no mesmo período.
A pesquisa diz que mais da metade dos entrevistados (58%) no Brasil tem a intenção de comprar alimentos online nos próximos 12 meses, contra 48% globalmente (e sendo que 37% no Brasil já o fazem). Por aqui, a Pwc também vê potencial para as compras online de produtos básicos, prática já adotada por 27% dos consumidores entre 25 e 34 anos. E 45% pretendem comprar produtos como café, detergentes e fraldas online.