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Celulares, TVs e PCs: comércio eletrônico cresce 500% desde 2016

A pandemia de Covid 19 impulsionou as vendas online e fez o comércio eletrônico brasileiro dar um salto, movimentando R$ 450 bilhões em operações de compra e venda nos últimos três anos. Em valores, o líder absoluto de compras pela internet entre 2016 e 2022, foi o celular. No período, a venda de aparelhos movimentou R$ 72,1 bilhões, ou 11,5% do total.

Na sequência, aparecem televisores, com faturamento de R$ 28 bilhões (4,5%), e notebooks, tablets e similares, com R$ 21 bilhões em vendas (3%). Depois vêm geladeiras ou freezers, R$ 17,8 bilhões (2,8%); livros, brochuras e impressos semelhantes, com R$ 16,8 bilhões (2,6%); e máquinas de lavar roupas, com R$ 10,8 bilhões (1,7%).

Essas informações fazem parte do Observatório de Comércio Eletrônico, uma ferramenta na web, lançada nesta quinta, 11/5, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O Observatório tem um Dashboard do Comércio Eletrônico Nacional, a partir de dados das notas fiscais eletrônicas de 2016 a 2022.

Ao longo desses sete anos, o valor total bruto movimentado foi de R$ 628 bilhões, saindo de R$ 36 bilhões em 2016 para R$ 187 bilhões em 2022. O Dashboard é a primeira ferramenta pública a agregar números oficiais do comércio eletrônico no país. Até então, boa parte das informações vinha de bases privadas.

“A compilação e publicação das estatísticas está alinhada aos esforços do governo para impulsionar e dar transparência à economia digital. O dashboard vai subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para o setor e pode, ainda, balizar decisões de investimentos das empresas”, afirma Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC.


Além de celulares, TVs, PCs e outros, a lista completa abrange milhares de produtos – de calçados a filtros d’água, de roupas a sapatos, de alimentos a móveis de madeira, além de cosméticos, medicamentos, bijuterias, acessórios gerais, eletroeletrônicos, pneus, automóveis e até barcos.

No dashboard, os itens são classificados segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Mais de metade das vendas (56%) estão concentradas em quatro capítulos da NCM: 85 (celulares/smartphones, televisão, fogões), 84 (notebooks, tablets, refrigeradores, máquinas de lavar roupas, ar condicionado), 64 (calçados, polainas) e 61 (vestuário e acessórios).

Os dados do Dashboard mostram que existem as diferenças entre as regiões no fluxo de comércio eletrônico interestadual – que é muito concentrado na região Sudeste, onde ocorreram 74,1% de todas as vendas online no período de 2016 a 2022.

Os estados mais populosos, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram os que mais venderam e mais compraram no período de sete anos analisado, movimentando 68% do valor transacionado na condição de emitentes, e 54% na de destinatários.

Além dos números gerais do e-commerce, o dashboard permite uma leitura detalhada dos produtos comercializados. Nessa base, as tabelas mostram que os produtos de renda de algodão vendidos pelo Ceará pelo comércio eletrônico, por exemplo, foram enviados principalmente para São Paulo (13,5%), Pernambuco (11%) e Bahia (10,5%); que os vinhos do Rio Grande do Sul tiveram como principais destinos São Paulo (30%) e Santa Catarina (14%); e que 87% da castanha do Pará vendida no período pelo e-commerce circulou dentro do próprio estado.

Além da pesquisa por produtos conforme sua classificação na NCM, também é possível consultar bens por posição tarifária, ou seja, pelos 4 primeiros dígitos da NCM, e ainda por capítulo – 2 primeiros dígitos da NCM.

* Com informações do MDIC

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