China já prendeu mais de 200 por ‘fake news’
A agência chinesa de notícias Xinhua informa que desde maio de 2017 o governo do país já prendeu mais de 200 pessoas acusadas de ‘especulação ilegal na internet’. O principal alvo seria um grupo chamado ‘Marinha da Rede’, que organiza internautas em campanhas para favorecer esta ou aquela empresa, mas também para a criação de spam, sites fraudulentos de notícias e campanhas de difamação.
“A ‘Marinha da Rede’ costuma se engajar na fabricação de informações falsas, ataques, promoção ilegal e outras atividades que infringem seriamente os direitos dos cidadãos”, diz um policial citado pela reportagem, segundo tradução do site americano Ars Technica.
Além de promover o que pode ser chamado de ‘impulsionamento de conteúdo’, para usar o termo adotado por redes sociais como Facebook, o grupo também gera ‘comunicados de imprensa’ que acabam divulgados até por sites oficialmente chancelados pelo governo chinês como fontes de notícias. Para ‘turbinar’ conteúdos, o grupo recruta internautas com ofertas equivalentes a R$ 150 ou até R$ 1,5 mil. “Um operador revelou à Xinhua que ganha cerca de 4 mil yuans (cerca de R$ 2 mil) por mês para apagar comentários negativos sobre determinados produtos.