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Ciberagência da China caça vídeos “pessimistas” e alterados por IA

A Administração do Ciberespaço da China lançou uma campanha para remover vídeos curtos que propagam rumores sobre a vida das pessoas ou promovem valores incorretos, como o pessimismo e o extremismo. O movimento, conhecido como ‘Qing Lang’, sustenta melhorar a saúde mental das pessoas e promover um ambiente competitivo saudável para o desenvolvimento da indústria de vídeos curtos.

A Administração do Ciberespaço delineou uma lista de valores que considera incorretos que pretende eliminar da Internet, incluindo valores profissionais errôneos, a promoção do pessimismo e do extremismo e a idolatria da extravagância e do dinheiro. Nomeadamente, a campanha deste ano aborda pela primeira vez o pessimismo, provavelmente devido às dificuldades económicas enfrentadas pelo país na sequência da pandemia da Covid-19.

A repressão se concentrará especificamente nos produtores de conteúdo que fabricam histórias sobre minorias sociais para ganhar a simpatia do público. Além disso, irá reprimir os indivíduos que encenam incidentes, criam conspirações falsas e espalham o pânico. Também na mira a circulação de vídeos online que retratam os desafios enfrentados pelos potenciais compradores de casas afetados pela crise do setor imobiliário.

A campanha visa proibir o uso de vídeos gerados por IA que manipulam ou fabricam conteúdo, incluindo aqueles que usam ilegalmente vozes ou rostos de outras pessoas. Esta medida procura salvaguardar a integridade do conteúdo partilhado nas plataformas de redes sociais e garantir a divulgação de informações precisas.

O principal órgão de censura do país tem realizado uma repressão online anual conhecida como ‘Qing Lang’, que significa claro e brilhante, desde 2020. Os resultados da repressão anterior de Qing Lang, instigada em 2020, resultaram na suspensão de aproximadamente 1,35 bilhão de contas, na exclusão de 76 milhões de mensagens ilegais ou impróprias e o encerramento de 10.500 websites entre 2021 e 2022.


* Com informações do South China Morning Post

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