Cisco: Escolas deveriam ter mais conexões corporativas que WiFi doméstico
Da junção de recursos do leilão do 5G e do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, são mais de R$ 6 bilhões para levar conectividade a todas as 18 mil escolas públicas do país. São projetos de rede externa em fibra ótica e rede WiFi interna. Que para a fornecedora de equipamentos Cisco mereceria maior atenção.
“Do ponto de vista quantitativo, é como ela será consumida. Esse controle, quando você olha para 50, 100 alunos dentro de uma escola, ele ganha características de mundo corporativo. Então, não dá para olhar para a escola e falar assim, coloquei um link e um wi-fi, e de repente você vai ter uma conexão que mais se assemelha a uma conexão doméstica, porque você está tratando a escola muitas vezes como uma instituição, entre aspas, mais simples”, afirmou o chefe de setor público da Cisco no Brasil, Paulo Osterkamp, ao participar do Workshop Cultura Digital, promovido pela Network Eventos.
Para ele, wifi doméstico não responde às demandas das instituições de ensino. “Quando se olha o critério que vai aplicar na gestão dos dados, na segurança, na questão do perfil de acesso, tem ali características que se aproximam muito mais de uma agência bancária do que de uma escola que olha para a conectividade de uma forma um pouco mais simples. Nossa provocação é de que esse projeto alcance critérios que possam proteger os dados, que possam levar a segurança e que possam gerar disponibilidade e visibilidade para as aplicações críticas que são as aplicações que vão ser consumidas pelos alunos na área pedagógica.”
“Nosso esforço é para ampliar um pouquinho mais a fronteira de discussão na Escola Conectada. A ideia é explorar casos que merecem atenção dessa infraestrutura, e daí sair uma specificação que faça sentido. Por que quando se olha simplesmente para critérios de banda ou alcance das antenas, critérios muito comuns em redes WiFi, são muito simples para o que se busca numa escola conectada”, afirmou Osterkamp.
