Depois da China, Rússia proíbe acesso a VPNs no país
O presidente russo Vladimir Putin sancionou no domingo, 30/7, uma lei aprovada dois dias antes pela Duma, que obriga provedores de acesso a internet do país bloquearem sites que contenham serviços de redes virtuais privativas, ou simplesmente VPNs, como são conhecidas.
O governo da Rússia justificou a medida para impedir acesso a “conteúdo ilegal”. Desde 2012 o país já adota listas de sites proibidos, o que começou com a declarada intenção de proteger crianças e adolescentes de conteúdos envolvendo drogas, suicídio e pornografia infantil, mas que já foi expandida para incluir “extremismo”.
Como um dos efeitos do uso de redes privativas é mascarar o IP de quem utiliza, não chega a ser uma surpresa total no contexto de nações que determinam o que os cidadãos podem ou não acessar. Enquanto a nova lei era sancionada na Rússia, a Apple anunciava a exclusão de serviços de VPN em sua appstore na China.
Lá, só podem ser usadas VPNs liberadas pelo governo. E segundo já reportou a Bloomberg, no início deste julho, o governo já teria avisado às três grande operadoras do país – China Mobile, China Unicom, e China Telecom, todas estatais – a bloquear completamente qualquer acesso a sites com VPNs a partir de fevereiro de 2018.