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Facebook assume que o uso indevido de dados atingiu 87 milhões de pessoas

O Facebook revelou nesta quarta, 4/4, que o uso de dados de seus clientes pela empresa Cambridge Analytica foi bem mais amplo que o inicialmente divulgado. No lugar dos 50 milhões de usuários afetados, um novo posicionamento da rede social indica que o número chega a 87 milhões. O Brasil aparece como oitavo país mais afetado, com 443 mil usuários.

A informação está lá no fim de um comunicado divulgado pela rede social que lista promessas de mudanças que supostamente restringem o uso de APIs – ou seja, as interfaces pelas quais são extraídos os dados relativos aos usuários dos Facebook.

Por exemplo, o Facebook diz que não vai mais permitir que desenvolvedores utilizem APIs para acessar a lista de convidados a eventos marcados pela rede social. “Apenas apps que sejam aprovados por nós e concordem com exigências estritas serão autorizados a usar a Events API”, diz o CTO do Facebook, Mike Schroepfer, em postagem nesta quarta.

Também será exigida a autorização da rede social para que terceiros desenvolvedores usem a API ‘Groups’. “Apps não mais serão capazes de acessar a lista de membros de um grupo. Também estamos removendo informações pessoais, como nome e foto de perfil, associadas a posts ou comentários que aplicativos aprovados podem acessar”, diz o CTO.

Outra medida impede acesso a informações pessoais como ponto de vista religioso, afiliação política, relacionamentos, lista de amigos, livros lidos, músicas ouvidas, etc em perfis que já tenham passado por três meses de inatividade.


E conclui informando que “acreditamos que informações do Facebook de até 87 milhões de pessoas – a maioria nos EUA – podem ter sido impropriamente compartilhadas com a Cambridge Analytica”. A empresa diz ainda esperar “que as mudanças protejam melhor as informações das pessoas”.

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