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Perícia digital: Disputa judicial exige mais prazo de armazenamento de dados

As perícias digitais servem para, em linguagem leiga, ajudar ao juiz a aplicar a legislação do ponto de vista judicial em assuntos técnicos, explica João Alberto Matos, do Pio Tamassia Advocacia, que em 17 anos, já entregou mais de 3000 laudos de perícias digitais em disputas judiciais nas áreas de TI e de Telecomunicações.

Um dos pontos mais críticos, hoje, é o prazo determinado para o armazenamento dos dados para provedores Internet e de conteúdo. O Marco Civil da Internet determina um tempo que varia de seis meses a um ano. “Muito pouco para o tempo que leva uma disputa judicial. A maior parte dos casos leva, em média, seis anos. E é preciso ter as informações para se tentar uma solução. A orientação é que se entre imediatamente com uma cautelar para a preservação por tempo indeterminado dos dados”, recomenda Matos, em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, durante o 32º Seminário ABDTIC, realizado nos dias 10 e 11 de dezembro, em São Paulo.

Segundo ainda o advogado é mentira a sensação que a Internet protege o anonimato. Se houver a preservação dos dados, todo mundo é passível de identificação. O perito digital admite que a disseminação das redes sociais aumentou o volume de trabalho, principalmente, por conta das fakes news e dos perfis falsos. E diz que a perícia é crucial para se chegar a uma decisão correta. “Temos um caso que uma mulher denunciou o namorado de divulgação de fotos íntimas e com a perícia constatamos que ela forjou toda a situação”. Assistam a entrevista com José Alberto Matos, do Pio Tamassia Advocacia.


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