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Provedores vão usar Wi-Fi 6E para oferecer velocidades acima do 5G

A decisão regulatória de liberar os 1200 MHz da faixa de 6 GHz para sistemas WiFi vai incentivar uma nova revolução entre os provedores regionais de conectividade. Como destacou o presidente da Abranet, Eduardo Neger, ao participar do seminário Wi-fi 6: possibilidades de negócio e soluções tecnológicas, promovido pela Anatel nesta terça, 27/9, a nova tecnologia dará às conexões fixas sem fio desempenho igual ou superior ao 5G.

O executivo lembra que se a conectividade WiFi não reflete o desempenho da conectividade de fibra ótica, a percepção do serviço acaba se degradando para o consumidor.  “Esse desafio e a alocação proposta pela Anatel é muito importante para o mercado e possibilitou uma interface com nível de qualidade semelhante a que esse assinante vai ter em uma rede 5G. A mesma experiência de mobilidade, externa, nos ambientes fora da residência ou da instalação comercial, vai ter dentro com a rede Wi-Fi, que vai conseguir entregar velocidade e latência de maneira compatível”, afirmou Neger.

Ele lembrou que as primeiras ondas de Wi-Fi já significaram um impulso importante aos provedores regionais.  De acordo com o presidente da Abranet, houve um fenômeno de provedores de conectividade que tiveram que construir suas próprias redes de telecomunicações, usando o que havia de disponível, o espectro não licenciado na época, que era a nascente tecnologia Wi-Fi, com grande criatividade das empresas, adaptando para outdoor e fazendo os primeiros enlaces, tornando-se pequenos operadores de telecomunicações.

“O Wi-Fi trouxe as empresas de internet para o campo das telecomunicações. E hoje temos milhares de empresas, que passaram a usar novas tecnológicas, sendo a fibra ótica a mais consagrada”, pontuou Eduardo Neger. O presidente da Abranet acredita que o uso da faixa de 6 GHz e o WiFi 6E terão impacto semelhante no mercado.

“Percebemos com bastante otimismo o entusiasmo dos operadores, especialmente no interior do Brasil, já encomendando equipamentos, até para fazer frente ao marketing que as operadoras móveis têm colocado em relação ao 5G e as velocidades possíveis. Essas empresas se propõem a oferecer hotspots com velocidades superiores às que existem no 5G nas capitais. Então vamos ver um fenômeno interessante nos próximos meses, com essas empresas anunciando conectividade em velocidades até superiores ao 5G”, completou.


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