UIT quer usar Inteligência Digital para reduzir exclusão digital no planeta
A inteligência artificial (IA) está preparada para ajudar a colocar online as 2,6 bilhões de pessoas que ainda não estão conectadas à Internet. Foi isso que apontou o estudo “The State of Broadband 2024” (ou “O Estado da Banda Larga 2024”) da comissão de banda larga para o desenvolvimento sustentável da União Internacional de Telecomunicações.
A Comissão de Banda Larga divulgou a primeira parte do relatório na sua reunião virtual de primavera do Hemisfério Norte, que reuniu líderes governamentais e chefes de organizações internacionais juntamente com representantes de empresas do sector privado, da sociedade civil e da academia.
O relatório analisa como as soluções de IA podem acelerar o progresso nas metas de defesa da banda larga destinadas a colocar todos online e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
De acordo com The State of Broadband 2024: Leveraging AI for Universal Connectivity , as tecnologias emergentes irão revolucionar a forma como as decisões são tomadas e os serviços são fornecidos. O relatório destaca como a IA já está remodelando a prestação de serviços tradicionais para o bem-estar humano em setores como governo, educação, saúde e finanças.
A análise também identifica desafios associados à IA e outras tecnologias emergentes. Estes incluem o consumo de energia, a desinformação, o reforço de preconceitos e a discriminação de género. Os comissários centraram-se na forma de mitigar os riscos das tecnologias emergentes e, ao mesmo tempo, maximizar os benefícios.
A UIT estima que 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo permanecem offline. Embora a utilização global da Internet esteja aumentando, os benefícios do acesso estão distribuídos de forma desigual, reforçando as persistentes clivagens digitais que afetam as mulheres e as pessoas em países com menor desenvolvimento económico. Os idosos e as pessoas com deficiência estão entre outros grupos deixados para trás.
