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Apenas uma em cada cinco empresas brasileiras usa a IA nas rotinas fiscal e financeira

Pesquisa feita com 400 empresas nacionais aponta ainda que 48% das companhias gastam tempo significativo com atividades manuais que poderiam ser automatizadas.

O uso de inteligência artificial (IA) na rotina das empresas brasileiras ainda é incipiente, segundo a pesquisa Panorama de Gestão Fiscal e Financeira 2025, realizada pela Qive com apoio da Endeavor com 400 entrevistados em todo o país. Embora a IA possa gerar redução de custos e eficiência de tempo, 79% das empresas entrevistadas não usam a tecnologia no dia a dia e, desta parcela, 25% não têm intenção em adotar inteligência artificial.

“Na pesquisa, percebemos uma resistência á tecnologia, especialmente em áreas como a fiscal e a financeira. A inteligência artificial não é apenas uma inovação ou uma nova tecnologia, é uma ferramenta importante para adicionar previsibilidade, segurança e eficiência. Ela precisa ser vista como uma aliada, e não uma concorrente”, diz Adriana Karpovicz, Diretora de Vendas para Grandes Contas na Qive.

Entre as empresas que usam IA em suas rotinas, 77% utilizam a inovação principalmente para a análise de dados ou a criação de relatórios. O estudo da Qive apontou ainda que os principais ganhos do uso de inteligência artificial no dia a dia das empresas estão associados a uma análise de dados mais apurada e uma eficiência do tempo.

O estudo ainda mostra que 48% dos participantes mencionaram gastar tempo significativo com atividades manuais que poderiam ser automatizadas. O dado reflete um conflito comum, segundo a pesquisa, já que muitas empresas evitam mudanças, mas o trabalho repetitivo e sujeito a erros as prejudica.

Os participantes do estudo da Qive elencaram as tarefas manuais que os sistemas de gestão empresarial costumam substituir em suas empresas: relatórios (apontados por 73% dos participantes), entrada de documentos (65%), cadastro de fornecedores (60%), cadastro de produtos (55%) e cadastro de pagamentos (50%).


Talentos

No que diz respeito ao uso de mão de obra, quase metade das empresas (45%) diz contar com profissionais de TI internos, segundo a pesquisa. E o índice aumenta de acordo com o tamanho das companhias. Entre as microempresas, apenas 15% possuem profissionais próprios de TI, já que é mais comum a contratação sob demanda. Nas médias empresas, o índice de contratações desses profissionais aumenta para 51% e, nas grandes, chega a 70%.

O levantamento mostra que 43% das empresas realizam treinamentos regulares para os funcionários no uso de novas tecnologias e processos ligados às áreas fiscal e financeira. Quando questionados sobre o que esperam para os próximos 12 meses, os participantes da pesquisa disseram acreditar que suas empresas deveriam investir em conhecimento e ferramentas tecnológicas (com média de 28% das respostas, índice que sobe para 32% nas grandes empresas) e aprofundar o planejamento e a estratégia (27%), seguidos do desenvolvimento de habilidades técnicas (20%) e aumento da capacidade de análise de dados (14%). O estudo completo pode ser visto aqui: https://lp.qive.com.br/panorama-fiscal-financeiro-2025

A pesquisa da Qive foi realizada com apoio da Endeavor entre os dias 23 de setembro e 18 de outubro de 2024 com 400 entrevistados de empresas em todas as regiões do Brasil. As companhias são dos mais diversos setores (como Serviços, Alimentação, Tecnologia, Saúde e Indústria) e abrangem desde microempresas (com faturamento anual menor ou igual a R$ 360 mil) até grandes empresas (com faturamento acima de R$ 300 milhões).

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