InovaçãoInternetMercado

AWS: Sem nuvem, não há inteligência artificial

Nuvem fornece dados, processamento massivo e escala, diz o VP de tecnologia da AWS, Dominic Delmolino

A inteligência artificial generativa está transformando a forma como governos tomam decisões estratégicas, desde a análise comparativa de políticas públicas até o planejamento de infraestrutura crítica. Assim apontou Dominic Delmolino, Vice-Presidente de Tecnologia e Engenharia da AWS, durante o Simpósio de Setor Público realizado na terça, 14/5, em Brasília.

“Governos estão usando inteligência artificial para transformar pilhas de documentos físicos em dados digitais, permitindo análises mais eficientes em áreas como arrecadação de impostos, benefícios sociais e saúde”, afirmou o executivo, que lidera uma equipe de 1.500 arquitetos de soluções para o setor público em escala global.

Durante o Simpósio da AWS, Delmolino apontou três tendências, sendo a primeira a monetização de dados nacionais, com países criando marketplaces para conjuntos de dados culturalmente relevantes. A segunda envolve o processamento de documentos, onde governos estão digitalizando acervos históricos para análise via IA. Por fim, a computação de borda (edge computing) ganha força, levando o processamento para mais perto dos dados através das Local Zones.

“Sem nuvem, não há IA efetiva. A computação em nuvem fornece a base de dados e a capacidade de processamento massivo necessária para que a inteligência artificial funcione em escala”, destacou Delmolino. Ele lembrou, como já anunciado pela empresa, que a AWS vai investir mais R$ 10 bilhões no Brasi. “Estamos investindo para aumentar nossa capacidade e permitir que os clientes brasileiros aproveitem não apenas novos recursos, mas também otimizem onde seus dados já estão armazenados.”

Segundo ele, parte do movimento pela IA generativa veio da busca de alternativas ao ChatGPT capazes de garantir maior controle sobre os dados analisados. “Quando o ChatGPT surgiu, muitas organizações entenderam que não deveria ser usado, porque os empregados estavam usando dados corporativos privados e colocando na internet. O que mudou é que as organizações encontraram caminhos de aprovar IA para uso interno, desenvolvendo ferramentas internamente. E nós fizemos o mesmo. E inserimos em todos os nossos processos de negócios.”


A começar no uso da IA generativa para transformar a forma de programar, em uma nova versão de ‘pair programming’. “Antes tínhamos dois programadores trabalhando juntos. Agora, o par do desenvolvedor é a IA, sugerindo boas práticas, testes de unidade e até exemplos de código. Assim como pair programming tornava o processo mais produtivo, fazer par com IA está tornando todos superprodutivos. E ela pode ser treinada no jeito que você programa.”

Botão Voltar ao topo