Banco Bari e Paraná Banco unem transformação digital ao Open Banking
O Open Banking já é uma realidade em dois bancos do sul do País: o Bari e o Paraná Banco. O Banco Bari é uma instituição que tem uma expressão relativamente forte no Sul do país, especialmente em Santa Catarina e Paraná e, por ser um banco novo, que opera desde 2018, já nasce como um banco digital. “Além de continuar essa linha de negócios, queremos também atacar outra áreas como conta corrente, mas, não para ser só mais uma, queremos trazer diferenciais”, revela o CTO da instituição, Henrique Weber. O processo de open banking nas duas instituições foi conduzido pela Sensedia, especializada em API Management e integrações.
Já o Paraná Banco, instituição com 40 anos de atividade, a transformação digital transformou a instituição em um banco monoproduto. “Há três anos atrás, começamos nossa transformação digital e, diferente de outros bancos que estão indo para uma linha de conta digital e cartões, estamos trabalhando na linha de criar a melhor experiência no crédito consignado. Foi uma grande transformação não só tecnológica mas, principalmente organizacional, para conseguir refletir no desenvolvimento de um produto digital”, afirma o CTO da instituição, David Ruiz.
O Open Banking é uma oportunidade. Para Ruiz, o novo conceito vai viabilizar um contrato mais explícito para que fintechs, bancos, etc, consigam colocar seus serviços financeiros a disposição para serem consumidos. Já Henrique Weber, do Banco Bari, diz que o grande ganhador do open banking será o correntista. “Já as instituições terão que se estressar para buscar uma eficiência mais interessante. Elas terão que ser mais eficientes operacionalmente, gerar recursos e,assim o cliente consegue essas condições interessantes. Claro que isso é só uma parte do Open Banking, tem a outra parte da transação, da consulta, da informação, tanto financeira quanto pessoal. Mas, no geral, é uma coisa inevitável. Nós acreditamos que o Open Banking traz benefícios é e uma pauta prioritária dentro do Banco Bari”.
O Banco Paraná está trabalhando no desenvolvimento de soluções seguras e customizadas ao perfil de clientes. “Já temos essa preocupação de como nós estamos criando e consumindo nossas jornadas digitais. Nós já pensamos em APIs públicas para serem consumidas, não só pelo Paraná Banco, pelos correspondentes, mas, também por parceiros que podem construir jornadas que nós ainda não pensamos, para oferecer nosso crédito consignado. O Open Banking vai viabilizar não só como a gente pode expor nossos serviços financeiros mas, como eu posso melhorar a minha jornada, conectando através de outros bancos que talvez esse cliente tenha conta. Com o Open Banking, eu posso simplificar a jornada e criar uma relação mais segura entre ambas as instituições”, defende Ruiz.
Para um banco que já nasceu digital, como Bari, a abordagem de APIs é uma garantia de nascer dentro das melhores práticas e seguir os melhores padrões. “A utilização de API viabiliza o desacoplamento (do core bancário), ou seja, você torna a sua arquitetura mais fácil de manter. Tudo é uma entidade que trabalha independente de outra e se comunica por API.”, comenta Weber.
Segundo ele, “se você tem uma camada de API, nada se comunica diretamente sem passar por essa camada. Bom, mas você está criando um cotovelo, não é melhor um sistema falar direto um com outro? Ele pode ser até mais rápido, mas, a médio e longo prazos, ele vai ter vários passivos. Você não consegue controlar essa comunicação, todas as informações passam por uma camada única. Assim você loga tudo e tem um controle no micro detalhe de tudo o que acontece dentro da instituição, isso vale para segurança, analytics, comportamento de usuários, etc”.