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Bolsonaro demite Christiane Edington da Dataprev. Assume Gustavo Canuto, ex-Desenvolvimento Regional

Mudanças na Dataprev foram anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, 06/02. Gustavo Canuto, ex-ministro do Desenvolvimento Regional, demitido do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, foi  nomeado como novo presidente da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev). Rogério Marinho, que era secretário da Previdência e Trabalho, principal articulador do governo para a reforma da Previdência e para a mudança do eSocial, assume o ministério.

Gustavo Canuto é especialista em políticas públicas e gestão governamental, carreira vinculada ao Ministério da Economia, e formado em engenharia da computação. Ele não tem filiação partidária. A mudança de função foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro e confirmada oficialmente pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros.

“O presidente da República decidiu, na data de hoje, nomear para a presidência da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DataPrev), Gustavo Canuto. A DataPrev é uma empresa pública que fornece soluções em tecnologia da informação e comunicação para o aprimoramento e execução de políticas sociais do Estado brasileiro. Ela tem como principal cliente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Gustavo Canuto é graduado em engenharia da computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e trabalhou por seis anos na IBM. É servidor efetivo do Ministério da Economia há mais de nove anos. Foi selecionado por ser um dos melhores quadros para equlizar tecnicamente os desafios enfrentados atualmente pelo INSS. Em consequência, o senhor presidente da República, Jair Bolsonaro, nomeou Rogério Marinho para o cargo de ministro de Estado do Desenvolvimento Regional”, informou.

Gustavo Canuto entra no lugar de Christiane Almeida Edington, ex-CIO da Telefônica Brasil, que assumiu o comando da Dataprev em fevereiro de 2019, com a missão de preparar a estatal para a privatização, prevista para acontecer em julho de 2021, se o cronograma da Secretaria de Desestatização do Ministério da Economia for cumprido. A venda da estatal foi repassada ao BNDES.

A passagem de Christiane Edington na Dataprev foi tumultuada. A executiva ficou pouco mais de um ano no comando da estatal e foi responsável pela reestruturação da empresa. Coube a ela anunciar o ‘enxugamento’ com a desativação das atividades operacionais em 20 filiais da empresa, localizadas nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins, para as quais há previsão de encerramento das atividades operacionais até o fim de fevereiro.

Esse ‘enxugamento’ resultaria na demissão de cerca de 500 funcionários. A Dataprev – no projeto apresentado por Christiane Edington – centralizaria suas operações em sete (7) estados (Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo), onde possui data centers e Unidades de Desenvolvimento.


Só que os funcionários da estatal reagiram aos anúncios do enxugamento, das demissões da privatização. Foi deflagrada uma greve nacional, suspensa depois de um acordo de mediação no Tribunal Superior do Trabalho. A empresa tem 30 dias para negociar com os trabalhadores uma solução de consenso. Essa já deverá ser uma missão de Gustavo Canuto à frente da Dataprev.

*Com agência Brasil e agências de notícias

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