Cabo submarino que conecta Angola ao Brasil está pronto para ser ativado
A NEC Corporation e a Cabos de Angola SA anunciam que a fase de construção do primeiro sistema de cabos submarinos do mundo por meio do Atlântico Sul foi concluída e que a estrutura está pronta para iniciar os trabalhos. O Sistema de Cabo do Atlântico Sul (SACS) conecta Angola e Brasil, ligando diretamente o continente africano à América Latina e permitindo transmissões de dados internacionais de alta velocidade e grande capacidade, o que estimulará o comércio e o crescimento econômico em ambas as regiões.
A fim de atender à crescente demanda de tráfego de banda larga, móvel, radiodifusão e empresas que cruzam o Atlântico Sul, o SACS contará com as mais recentes tecnologias de transmissão óptica e cabo de 4 pares de fibra de alta qualidade, com capacidade inicial de 40Tb. O sistema, que chega à estação de cabos de Sangano, em Angola, perto da capital de Luanda, fornecerá a conectividade subsequente para o centro de dados da Angonap. No Brasil, o SACS terminará em um data center recém-construído, que foi implantado para este projeto e que conecta o Brasil aos EUA.
O empreendimento pertence e é operado pela Angola Cables, que também gerencia o data center, em Fortaleza, de propriedade majoritária da empresa, junto com investidores locais, e a Angonap. Desta forma, Angola contará com uma conexão direta com o Brasil e com os Estados Unidos, por meio do SACS e de outro cabo, aumentando a atual conectividade entre as suas regiões, que anteriormente passava pela Europa.
O SACS foi parcialmente financiado pelo Banco do Japão para Cooperação Internacional (JBIC), devido a um contrato de empréstimo em crédito do comprador com o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), a instituição de desenvolvimento estatal do país. O empréstimo foi co-financiado com a Sumitomo Mitsui Banking Corporation (SMBC) e a Nippon Export and Investment Insurance (NEXI), fornecendo seguro para a parte financiada pelo SMBC.
“Nossa ambição é transportar dados da América do Sul e Ásia por meio do nosso hub africano. Utilizando o SACS, juntamente com os projetos de cabos submarinos Monet e WACS, vamos fornecer uma opção de conectividade mais eficiente entre a América do Norte, Central e do Sul para a África, Europa e Ásia”, afirma Antonio Nunes, Diretor Executivo da Angola Cables.
A NEC já implantou um total de mais de 250 mil quilômetros de cabos submarinos, o equivalente a seis viagens ao redor da Terra. Como um integrador de sistema completo, a NEC produz cabo óptico submarino, repetidores ópticos submarinos e equipamentos para transmissões ópticas, além de realização de pesquisas oceânicas e design de rota, dispondo de profissionais experientes na entrega desses sistemas.