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Com dados e algoritmos, Amazon já emprestou R$ 10 bi a revendedores

Maior varejista online do planeta, a Amazon revelou que vem crescendo o volume de empréstimos que faz a revendedores de seus produtos, filão que desde 2011 já movimentou US$ 3 bilhões, ou cerca de R$ 10 bilhões, sendo US$ 1 bi apenas nos últimos 12 meses. 

Como revelou na quinta, 8/6, ao participar de uma feira de varejistas da internet realizada em Chicago, nos EUA (Internet Retail Conference and Exhibition), até aqui os empréstimos irrigaram mais de 20 mil revendedores dos próprios Estados Unidos, além de Reino Unido e Japão. Os números parecem ser bons visto que o plano é expandir esse negócio para Canadá, França e China. 

Os empréstimos só acontecem por proposta da própria Amazon. A empresa se vale de dados de mais de 2 milhões de comerciantes para identificar aqueles com bom histórico de crédito e de vendas e que por isso merecem receber financiamentos que variam de US$ 1 mil a US$ 750 mil. 

Quem recebe paga de volta com compras feitas no próprio site da Amazon. Mas não só. A empresa, vale lembrar, ganha comissão pelas vendas. Além disso, os empréstimos pagam juros que variam de 6% a 14% (no Reino Unido, os relatos são de taxas de 16,9%). 

A internet não inventou mercados de duas pontas, mas facilitou bastante o uso massivo de informações para credores. A empresa de pagamentos PayPal adota estratégia semelhante desde 2013 e há cerca de um mês também anunciou já ter realizado mais de US$ 3 bilhões em empréstimos, para cerca de 115 mil vendedores ao redor do mundo. 


* Com informações de ChannelAdvisor, Bloomberg e Reuters

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