Cyber, nuvem e IA puxam recorde de gastos com TI nos bancos: R$ 47,4 bilhões

Os bancos brasileiros vão ampliar em 21% os gastos com tecnologia em 2024, para R$ 47,4 bilhões, segundo projeção divulgada nesta quinta, 18/4, pela Febraban e pela Deloitte.
Segundo esta 1ª etapa da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024, entre 2015 e 2023 os bancos dobraram (+104%) os orçamentos de TI, de R$ 19,1 bilhões para os R$ 39 bilhões apurados no ano passado.
De acordo com os dados, a prioridade estratégica é segurança cibernética, com investimentos previstos em arquitetura, infraestrutura e ferramentas especializadas em detecção e resposta a ameaças, gestão de identidades e acessos, treinamento e conscientização dos colaboradores, cloud security, testes de invasão e criptografia dos dados e informações.
E seguem entre as prioridades investimentos em computação em nuvem, inteligência artificial, blockchain e no Drex, a moeda digital em desenvolvimento pelo Banco Central. Os bancos brasileiros também indicaram que pretendem investir em computação quântica.
Também de acordo com a pesquisa, 96% dos bancos no Brasil já utilizam sistemas de inteligência artificial, inclusive IA generativa, presente em 54% das instituições. O estudo mostra que bancos que já implementaram IA obtiveram aumento de 11% na eficiência dos processos bancários.
Entre as aplicações de Inteligência Artificial utilizadas pelos bancos estão: biometria facial (75%), chatbot (71%), RPA (67%), IA Generativa (54%) e Inteligência Cognitiva (25%).
“A indústria brasileira é protagonista do que há de mais inovador em tecnologia bancária e os investimentos feitos pelos bancos ao longo dos anos comprovam o empenho que as instituições têm em trazer anualmente novidades, experiência personalizada para os nossos clientes e 100% de segurança nas operações financeiras do dia a dia”, diz Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária.
O estudo lista como áreas de prioridades para investimentos Experiência do cliente (83%), Inovações tecnológicas (71%), Personalização de produtos e serviços (63%), Segurança e privacidade de ponta (58%), Responsabilidade social e sustentabilidade (54%) e Ofertas integradas de ecossistema (54%).
“A pandemia acelerou o processo de digitalização da tecnologia bancária, juntamente com o nascimento do Pix, a implementação do Open Finance e, no momento, a chegada do Drex, resultando em uma maior oferta de produtos e serviços para nosso cliente. Tudo isto reflete nestas prioridades dos bancos para explorar novos formatos de atendimento e busca por excelência operacional”, diz Rodrigo Mulinari.
Em relação à expectativa de adesão à iniciativa de Open Finance, os bancos continuam trabalhando para oferecer novos produtos e serviços em relação ao ecossistema e os bancos pretendem atingir de 6% a 20% de aderência de sua base ativa até o final de 2024.
- 79% dos bancos pretendem aumentar seus investimentos em Cloud neste ano
- Investimentos em treinamentos para a formação de times ágeis cresceram 135% e os profissionais treinados, 14%
- Atualmente, 82% dos bancos oferecem soluções de finanças sustentáveis a seus clientes