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Empregados da Dataprev entram em greve na véspera do novo Auxílio Emergencial

Os funcionários da Dataprev estão em greve a partir desta segunda, 8 de março. Além de reunião com apelos à necessidade de trabalho para a nova etapa do Auxílio Emergencial, a direção da estatal tentou demover a greve sinalizando uma nova mesa de negociações. Mas como se recusou a prorrogar a validade do acordo coletivo vigente, a opção dos trabalhadores foi manter o movimento. 

“Temos uma pauta com diversos itens, mas o plano de saúde se tornou o ponto principal, especialmente neste momento de pandemia e com atendimentos sendo recusados, coberturas negadas e até oxigênio desligado. A Dataprev tem responsabilidade no fim do contrato com a GEAP e as opções de substituição representam cobertura menor e corte nos beneficiários”, afirma uma das coordenadoras da greve, Socorro Lago, da Fenadados. 

As encrencas com o plano de saúde já vêm, pelo menos, de 2019, quando os funcionários foram apresentados a reajuste de 62%. Em 2020, a Dataprev indicou que queria um novo convênio. Em setembro, a GEAP avisou que não tinha interesse em renovar. Em dezembro, os funcionários foram avisados que teriam mais dois meses de plano de saúde. No lugar, a Dataprev ofereceu acordos com operadoras da SulAmérica e Unimed. Mas em novas condições. 

“Pessoas em tratamento de diálise, câncer, Covid-19 ou em home care estão ficando sem atendimento. As novas opções trazem valores muito mais altos, mas não oferecem a mesma cobertura, além de cortar familiares. Os novos planos não aceitam pai e mãe e impõem limites à cobertura dos filhos. Inicialmente nem os aposentados poderiam aderir, mas a Dataprev recuou diante de várias ações judiciais. Podemos discutir o percentual de reajuste, mas queremos a mesma cobertura, seja com a GEAP ou outro plano”, emenda Socorro Lago. 


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