Empresas estão longe de priorizar a LGPD, adverte a EY
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não é um tema priorizado entre as companhias brasileiras, afirma Marcos Sêmola, Sócio-Líder da EY para Cybersecurity. Segundo dados do “Diagnóstico LGPD” – ferramenta desenvolvida pela ABES em parceria com a EY -, mais de 60% das empresas analisadas possuíam baixo grau de maturidade na conformidade com a nova lei.
Segundo ainda o especialista, essa não priorização preocupa muito porque as empresas respondentes da pesquisa são aquelas que já estão à frente da maioria do mercado neste tema. Para Sêmola, este é o momento de sensibilizar os líderes empresariais para um plano de ação acerca da lei. “Nem dois anos ou mesmo o dobro deste tempo serão suficientes para a empresa que não colocar a privacidade de dados como prioridade”, adverte o executivo.
Nos dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Software e pela EY, em julho, entre as quase mil empresas brasileiras que já realizaram o diagnóstico no índice LGPD ABES, 60% das empresas não estavam em conformidade com as exigências da lei. No estado de São Paulo, apenas 42% das empresas tinham feito ajustes em suas políticas e processos para não sofrerem sanções. O Índice LGPD ABES também revelou que 30% das empresas sofreram algum tipo de violação nos últimos dois anos e 76% lidam com coleta de dados importantes.