ESG: regras do Banco Central exigem dos bancos mais análise de dados
Em julho, entrou em vigor um conjunto de normas para ESG emitidas pela Autoridade Monetária, e essas regulamentações movimentam o mercado de software, afirma o gerente de soluções do SAS, Thiago Escrivão.
Bancos centrais de diversos países têm se mobilizado no sentido de fomentar a incorporação de fatores ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) nas análises de investimento e nos processos de tomada de decisão. A lógica é que a iniciativa ESG pode representar riscos que devem ser avaliados, assim como são analisados o desempenho financeiro e as perspectivas futuras. No Brasil, em julho deste ano, entrou em vigor um conjunto de normas ESG emitidas pelo Banco Central, trazendo diversos desafios.
“No Brasil, o Banco Central, desde 2014, vem regulamentando isso e trazendo o tema para o centro de discussões do mercado. Do ano passado para cá, o BC trouxe mais precisão e direção para os bancos e temos uma agenda, que começou agora em julho principalmente para os bancos S1 e S2 e vai se estender para os outros, que é bem forte olhando para a parte de risco ambiental, de governança dentro das instituições”, explicou Thiago Escrivão, gerente de soluções do SAS, em entrevista concedida no Febraban Tech, realizado de 09 a 11 de agosto, em São Paulo.
Todas as novas regulamentações levam a uma movimentação do mercado de software, uma vez que as instituições precisarão se adequar e aumentar os controles ESG não apenas de si próprias, como também do mercado. “A importância da regulamentação do Banco Central é definir um diretor estatutário e todas as políticas que permeiam a gestão sócio-ambiental dentro da instituição e isso, consequentemente, gera a necessidade de ter ferramentas para fazer a gestão”, apontou.
A expectativa é que haja um aquecimento no mercado para esses tipos de soluções. Assista à entrevista na íntegra.