Estados usam pouco o Gov.br e governo federal quer parceria com as Prods
O governo federal se reuniu com empresas estaduais de processamento de dados em Brasília, nesta quinta-feira 09/02, e destacou a necessidade de fortalecer parcerias para disseminar o uso das ferramentas e serviços disponíveis a estados e municípios na plataforma Gov.br.
Como apontou a diretora de Difusão e Avaliação de Serviços Públicos Digitais, Loyane Tavares, em que pese a adesão à Rede Gov.br por 25 estados – São Paulo e Maranhão estão em processo de adesão – alguns serviços ainda têm baixa procura, apesar de estarem à disposição de forma gratuita.
“A ideia da Rede é a difusão dos princípios de governo digital. Já são 25 estados e 168 municípios, sendo 18 capitais, que correspondem a mais de 30% da população. Tem potencial enorme para crescer, e não apenas em termos de adesões, mas de ações efetivas. Temos ferramentas do Gov.br sem custos. Em alguns casos, como o balcão de abertura de empresas, tem adesão de todos os estados, assim como a assinatura eletrônica. Mas outros serviços ainda são pouco utilizados. O login Gov.br está em apenas 12. A prova de vida, apenas 3”, disse.
Ao participar da reunião da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação, Abep-TIC, a diretora de Difusão da SGD defendeu maior cooperação para melhorar a qualidade da jornada dos serviços digitais.
“Assim como no site de uma agência de turismo é possível comprar passagem, reservar hotel e alugar carro, no governo queremos a mesma experiência. Ainda temos uma logica de silos, tem que ir na Polícia Federal tirar o passaporte, tem que ir na Anvisa tirar o certificado de vacinação, tem que ir na Receita fazer declaração de bens. Se levar o bichinho, precisa do certificado veterinário internacional. A ideia é mudarmos a jornada com maior integração”, afirmou.
Para Loyanne Tavares, a integração tem sido o ponto mais complexo da adesão, mas é preciso entender que ela passa pela jornada do cidadão, “com a ideia de que a camada estado e a camada federal sejam mais simples de transpor pelo cidadão. Temos isso em mente. Como fazer definitivamente passa pela discussão com os estados”, completou.