Febraban: COP 30 é vitrine do Brasil como hub mundial de soluções climáticas
"Risco ambiental e climático também é risco financeiro", diz o diretor de sustentabilidade da Febraban, Amaury Oliva
Com trilhas dedicadas à sustentabilidade e à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, COP 30, a Febraban Tech 2025 destacou oportunidades econômicas para o Brasil como sede do encontro internacional.
Para o diretor executivo de Sustentabilidade, Cidadania Financeira, Relações com o Consumidor e Autorregulação da Febraban, Amaury Oliva, o Brasil deve se credenciar a provedor global de soluções associadas à sustentabilidade e economia verde.
“A COP 30 é uma oportunidade de mostrar tudo o que já é feito no nosso País e de afirmar que o Brasil tem todas as condições de ser um provedor, um hub de soluções climáticas para o mundo. Isso é importante para os nossos negócios e para trazer recursos para o nosso país”, afirmou o diretor da Febraban.
Oliva ressaltou que a agenda ambiental está consolidada no setor bancário há quase dez anos. Desde 2015, os bancos utilizam uma taxonomia verde para classificar atividades sustentáveis, com 24% dos créditos para empresas já direcionados à economia verde. A autorregulação implementada em 2014 estabelece critérios socioambientais rigorosos, incluindo a restrição de financiamentos para empreendimentos com embargos do Ibama.
“A agenda ambiental e climática é estratégica no setor bancário”, afirmou o diretor da Febraban. “O risco ambiental, o risco climático, em determinado momento também se torna um risco financeiro. Isso ficou claro no ano passado, na tragédia do Rio Grande do Sul. Além das mortes e todo o impacto que teve na comunidade, os negócios deixaram de funcionar, houve perda de maquinário, tem todo um impacto nas famílias, nos negócios. E, no fim do dia, um impacto financeiro, nas seguradoras, no crédito. Então, hoje há uma plena clareza de que o risco ambiental e climático também tem impacto nas finanças e nos negócios.”
