Mercado

Governo adia relatório de equidade salarial e empresas temem dados antigos

Adiamento atende pleito, mas empresas temem divulgação dos dados, cuja base é 2022.

O Ministério do Trabalho adiou para 8 de março – não por coincidência Dia Internacional da Mulher – o preenchimento do relatório de transparência salarial, por instabilidades no sistema na véspera do prazo original. 

O adiamento atende parcialmente um pleito de empresas de tecnologia da informação, que alegaram preocupações com dúvidas de preenchimento e, especialmente, impacto com a divulgação dos dados. 

Na parte técnica, a medida ajuda a reduzir inconstâncias da plataforma em função do grande volume de acesso. Esclarecimentos também colaboraram para maior entendimento do processo. 

Porém, uma dúvida das empresas é com o impacto da divulgação, especialmente por que os dados da base são relativos a 2022. 

O preenchimento pelas empresas deve ser feito por meio do Portal Emprega Brasil. As informações serão utilizadas para a verificação da existência de diferenças salariais entre mulheres e homens que ocupam o mesmo cargo.


Relatórios semestrais de transparência salarial utilizarão os dados de salários e ocupações de mulheres e homens já informados pelas empresas pelo eSocial. Mas as empresas estão sendo solicitadas a prestar informações adicionais sobre critérios de remuneração e ações que apoiem a contratação e a promoção de mulheres.

Todas essas informações serão consolidadas pelo Ministério do Trabalho em um relatório de divulgação obrigatória pelas empresas. O MTE sustenta que os dados serão anonimizadas. 

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