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Governo reduz gastos e bancos ‘empatam’ em investimento em Tecnologia

Os bancos brasileiros aumentaram em 5% seus investimentos e despesas com tecnologia, chegando a R$ 19,5 bilhões em 2017, ante os R$ 18,6 bilhões de 2016 e R$ 19,1 bilhões de 2015. Pela primeira vez na história, os gastos com tecnologia por parte das instituições bancárias assemelham-se, em representatividade, aos do governo, representando 15% cada um do total de US$ 47 bilhões. Mundialmente, os bancos representam 13% e o setor público 16%.

Divulgada nesta quinta-feira (03/05), a pesquisa Febraban de tecnologia bancária mostrou que os bancos estão priorizando tecnologias com foco em inovação para o cliente, como atender às suas preferências por canais cada vez mais digitais, como operações e transações pela internet e pelo celular.

Se contabilizados os valores em dólar, a alta nos gastos foi de 15%, acima da média mundial de 3,6% (dados do Gartner), no entanto, como apontou Gustavo Fosse, diretor-setorial de tecnologia e automação bancária da Febraban, parte disto deve-se à valorização do real frente ao dólar. Considerando apenas o montante em investimentos, o crescimento foi de 13% — R$ 5,3 bilhões em 2016 para R$ 6 bilhões em 2017.

Investimentos e despesas com software subiram 17% de R$ 8,4 bilhões para R$ 9,8 bilhões, refletindo a busca dos bancos por novas tecnologias para melhorar a experiência dos clientes, como com o desenvolvimento de novas funcionalidades para as aplicações, e também a compra como serviço.

Foi, segundo Fosse, um ano que não teve grandes investimentos em infraestrutura, como em anos anteriores quando os bancos construíram datacenters. Os gastos com telecomunicações e com hardware caíram, respectivamente, de R$ 3,6 bilhões para R$ 3,4 bilhões e R$ 6 bilhões para R$ 6,3 bilhões. A pesquisa teve a participação de 24 bancos (inclusive dois digitais), um aumento em relação aos 17 da edição passada.


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