Huawei: Banco inteligente exige nova infraestrutura, apps, IA e automação
Novos desafios da realidade digital dos serviços financeiros exigem que os bancos repensem e redefinam uma nova resiliência para a infraestrutura. Ao defender essa mudança durante a Febraban Tech 2024, o CEO de Finanças Digitais Globais da Huawei, Jason Cao, chama atenção não só para a maior complexidade dos sistemas, mas pelo próprio papel que eles passaram a desempenhar.
“Hoje, o sistema usado pelos bancos não é apenas de suporte, mas se tornou de produção e o principal driver dos serviços. Nesse tipo de transição, temos que mudar nossa maneira de pensar, porque antes, quando se desenhava o sistema, se pensava no ponto de vista de resiliência do sistema. Isso precisa mudar de resiliência do sistema para a resiliência da jornada, para o ponto de vista do cliente, não apenas do sistema. Isso significa uma algo completamente diferente”, afirmou Cao.
A demanda sobre o digital é tamanha que, como destacou o executivo da Huawei, as instituições ao redor do mundo vêm sofrendo episódios de paralisações imprevistas. “Nos últimos três anos, quase todos os grandes bancos do mundo sofreram alguma grande interrupção, por diferentes motivos. Temos que repensar e redefinir a resiliência, algo ainda mais importante do que antes”, insistiu o CEO de Finanças Digitais da fabricante chinesa.
Segundo ele, essa nova resiliência está diretamente ligada à garantia de serviços sempre disponíveis, à modernização dos aplicativos e à agilidade empresarial, com automação e de inteligência artificial.
“Defendemos o conceito de non stop banking porque é banco em todo lugar, em qualquer momento, em qualquer formato. E isso mudou completamente os serviços bancários. Exigiu que o banco possa fornecer serviços sempre disponíveis. Não é possível ter um lugar onde o app funciona e outro onde ele não funciona. Portanto, não importa o lugar, a hora e o formato, os serviços precisam estar disponíveis”, disse Jason Cao.
Afinal, está em curso uma jornada para o banco inteligente. “Vimos a transição do banco tradicional para o banco eletrônico, para o banco na internet, para o banco mobile. E estamos indo para o banco inteligente, o banco IA. Nos diferentes cantos do mundo há um mix de estágios de todas essas coisas diferentes. Isso aumenta a complexidade do provimento de serviços bancários. Por outro lado, essa diversidade é natural, não pode ser evitada. E cria muitas oportunidades interessantes. Para nós, de tecnologia, nos permite fazer mais para os bancos e para os seus clientes.”